Um estudo publicado na revista Nature revela que 70% dos casos de diabetes tipo 2 no mundo em 2018 estavam associados a uma alimentação inadequada. A pesquisa, realizada por cientistas norte-americanos, analisou 11 componentes dietéticos e identificou três como os principais responsáveis pelo aumento global da doença: o consumo insuficiente de grãos integrais, a ingestão excessiva de arroz e trigo refinados e o alto consumo de carne processada. O estudo revelou que esses fatores contribuíram para mais de 14,1 milhões de novos casos de diabetes no ano de análise.

Por outro lado, outros alimentos, como sucos de frutas, vegetais e sementes, demonstraram ter menos impacto na incidência da doença. O diabetes tipo 2, caracterizado pela resistência das células à insulina, continua crescendo em diversos grupos populacionais.

Quem é mais afetado?

De acordo com os dados, os indivíduos mais propensos ao desenvolvimento do diabetes tipo 2 são homens jovens que vivem em áreas urbanas. Este perfil surpreendeu os pesquisadores, que acreditavam que o impacto da dieta na doença fosse menor, estimando anteriormente uma relação de cerca de 40%. A diferença se deve à inclusão de novos dados, como o papel dos grãos refinados, que são amplamente consumidos.

O que esse estudo significa para a saúde pública?

O estudo tem implicações importantes para a saúde pública, sugerindo que mudanças nos hábitos alimentares podem ser essenciais para combater a epidemia global de diabetes tipo 2. Promover uma dieta rica em grãos integrais e com menor consumo de carne processada e grãos refinados pode ajudar a reduzir significativamente os casos da doença. Essas informações são valiosas para a formulação de políticas de prevenção e para conscientizar a população sobre a importância de uma alimentação equilibrada.

O resultado da pesquisa também chama atenção para a responsabilidade individual, destacando que adotar hábitos saudáveis é fundamental para evitar problemas crônicos de saúde como o diabetes.