Entenda por que este alimento ajuda a prevenir o Parkinson

Efeitos dos polifenóis presentes no alimento podem ajudar a explicar a relação

30/12/2024 21:00

Com mais de 250 mil casos diagnosticados no Brasil e aproximadamente quatro milhões em todo o mundo, o Parkinson é tema constante de estudos.
Com mais de 250 mil casos diagnosticados no Brasil e aproximadamente quatro milhões em todo o mundo, o Parkinson é tema constante de estudos. - Istock

Pesquisadores estão descobrindo um aliado surpreendente no combate ao Parkinson, uma das doenças neurodegenerativas que mais crescem no mundo. Trata-se da Ecklonia cava, uma alga marinha comestível que prospera nas águas ao redor do Japão e da Coreia.

A doença de Parkinson surge da destruição progressiva de neurônios responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos e do pensamento. Com o envelhecimento global da população, o número de diagnósticos disparou, afetando quase 10 milhões de pessoas em todo o mundo.

Benefícios do alimento para prevenir o Parkinson 

Para entender como a Ecklonia cava pode ajudar, cientistas japoneses investigaram os efeitos dos polifenóis presentes nessa alga, compostos conhecidos por suas propriedades antioxidantes. A pesquisa foi conduzida em modelos animais e celulares, trazendo resultados promissores.

Em um experimento, camundongos receberam uma dose diária desses antioxidantes por uma semana, antes de serem expostos à rotenona, uma substância que simula os efeitos do Parkinson. O que se observou foi impressionante: as funções motoras prejudicadas pelo composto foram restauradas após o tratamento.

Estudos em células modelo da doença reforçaram os achados, revelando que os antioxidantes da Ecklonia cava ativam a enzima AMPK, crucial para o equilíbrio energético das células, enquanto reduzem a produção de espécies reativas de oxigênio – moléculas que podem levar à morte neuronal.

Fatores de risco para o Parkinson

Embora avanços como o estudo da Ecklonia cava tragam esperança, entender os fatores de risco é essencial para a prevenção:

  • Idade avançada: o Parkinson é mais comum após os 60 anos, com o risco aumentando com o passar do tempo.
  • Histórico familiar: uma predisposição genética pode elevar as chances, embora a maioria dos casos não seja  hereditária.
  • Gênero: homens têm uma probabilidade ligeiramente maior de desenvolver a doença.
  • Exposição a toxinas: pesticidas, herbicidas e metais pesados estão associados a um risco elevado.
  • Traumatismos cranianos: lesões graves na cabeça podem aumentar a suscetibilidade à doença.
  • Redução de estrogênio: em mulheres, baixos níveis de estrogênio, como ocorre na menopausa, podem influenciar o  risco.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física também pode desempenhar um papel, embora a relação ainda esteja sendo investigada.

A descoberta do potencial terapêutico da Ecklonia cava é um lembrete poderoso de que a natureza ainda guarda muitos segredos que podem transformar a medicina.

Outras dicas de Saúde na Catraca Livre 

Dezembro chegou, e com ele a temporada mais aguardada pelos brasileiros, repleta de comidas típicas. As mesas das ceias de Natal e Ano Novo costumam estar recheadas de pratos que fazem qualquer um salivar: chester, farofa, rabanada, salpicão, arroz com passas, além de deliciosos doces como panetone.

Com tanta variedade e sabor, é comum a preocupação de como manter a dieta e o controle alimentar durante essa época. Por isso, confira: Como manter o equilíbrio alimentar nas celebrações de fim de ano?