Alteração na fala pode ser um dos primeiros sinais de Alzheimer
Um estudo da Universidade de Toronto sugere que a velocidade da fala pode ser um indicador precoce de Alzheimer, antes mesmo de outros sinais surgirem
Esquecer uma palavra de vez em quando é algo comum e acontece com qualquer pessoa. Esse fenômeno, chamado de “lethologica”, tende a se tornar mais frequente com o envelhecimento.
No entanto, quando a dificuldade em se expressar vai além do habitual, isso pode indicar mudanças cerebrais associadas ao estágio inicial do Alzheimer.
O que a velocidade da fala pode revelar?
Um estudo da Universidade de Toronto, publicado na revista Aging Neuropsychology and Cognition, apontou que a velocidade da fala pode ser um indicador relevante da saúde cerebral.
- Saiba por que o azeite pode ser um aliado surpreendente para o cérebro
- Mega Promo da Latam tem passagens a partir de R$ 151
- 3 lugares em Santa Catarina tão lindos quanto Florianópolis
- Estudo aponta que este hábito diário aumenta risco de demência
Durante a pesquisa, voluntários de diferentes idades foram convidados a descrever imagens enquanto ouviam palavras relacionadas. O objetivo era testar sua capacidade de encontrar os termos corretos.
Os pesquisadores notaram que, embora o esquecimento ocasional de palavras seja normal com o passar dos anos, a fala mais lenta pode estar associada a um declínio cognitivo, um fator de risco para a demência.
Segundo o Dr. Jed Meltzer, um dos autores do estudo, “nossos resultados indicam que mudanças na velocidade geral da fala podem refletir mudanças no cérebro.”

Como a demência pode afetar a fala?
A demência pode comprometer as áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, impactando a comunicação de diferentes formas. Entre os sinais que podem surgir estão:
- Troca de palavras por outras similares;
- Uso de substituições descritivas;
- Dificuldade em lembrar palavras específicas;
- Frases confusas, sem sentido ou com palavras na ordem errada;
- Retorno à língua materna, caso tenha aprendido um segundo idioma posteriormente.
Ainda não há cura para o Alzheimer, mas identificar os primeiros sinais pode ajudar no acompanhamento adequado e na adoção de estratégias que melhorem a qualidade de vida.
Se perceber mudanças na fala ou outros sintomas cognitivos em alguém próximo, buscar ajuda médica pode fazer diferença na evolução do quadro.