Alzheimer: Estudo alerta que baixa libido pode ser sinal de doença
Segundo pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 59% dos brasileiros falham na cama
Recentemente, cientistas analisaram dados de mais de 800 homens ao longo de um período de 12 anos, com início dos 56 aos 68, para investigar eventuais consequências associadas aos declínios na satisfação sexual. O objetivo era entender se o fenômeno estava relacionado à perda de memória futura e se havia relação com o Alzheimer.
Para chegar ao resultado observado, o estudo relacionou as mudanças físicas e psicológicas a fim de determinar como elas se relacionam com a cognição.
Martin Sliwinski, co-autor do estudo, detalhou os processos de apuração científica. “O que foi único em nossa abordagem é que medimos a função de memória e a função sexual em cada ponto do estudo longitudinal, para que pudéssemos ver como eles mudaram juntos ao longo do tempo”.
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“O que descobrimos se conecta ao que os cientistas estão começando a entender sobre a ligação entre a satisfação com o desempenho cognitivo”, completou.
Existe relação entre o Alzheimer e a libido?
Segundo o resultado das análises, aqueles que não estavam sexualmente satisfeitos corriam um risco maior de problemas de saúde como doença de Alzheimer e cardiovasculares, demência e outros problemas relacionados ao estresse que podem levar ao declínio cognitivo.
Além disso, os pesquisadores envolvidos no estudo alegaram que o motivo da escolha da faixa etária seria porque ela representa um período de transição associado a declínios na função erétil, cognição e satisfação sexual, segundo o estudioso.
Transar fortalece a memória, dizem os especialistas
Relações sexuais podem ajudar na função da memória, sugerem as conclusões observadas pelos estudiosos. “Melhorias na satisfação sexual podem, na verdade, desencadear melhorias na função da memória. Dizemos às pessoas que elas devem fazer mais exercícios e comer alimentos melhores. Estamos mostrando que a satisfação sexual também é importante para nossa saúde e qualidade de vida geral”, afirmou Sliwinski.
Além disso, ele ressalta que é importante monitorar a própria libido, pois ela pode ajudar a identificar um risco de declínio cognitivo antes dos 70 anos. “Ao invés da conversa ser sobre o tratamento da disfunção erétil, devemos ver isso como um indicador importante para outros problemas de saúde. E também nos concentrar em melhorar a satisfação sexual e o bem-estar geral, não apenas tratar o sintoma”, finalizou.