Alzheimer: estudo mostra como novo tratamento pode controlar os sintomas
Estudo aponta que novo medicamento pode retardar os sintomas do Alzheimer em pessoas com predisposição genética
Cientistas deram um passo importante na busca por alternativas mais eficazes contra o Alzheimer, doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Um novo estudo sugere que um medicamento biológico pode ajudar a retardar o aparecimento dos sintomas em pessoas com alto risco genético. Entenda os principais pontos da pesquisa a seguir.
O que o estudo descobriu?
- No estudo, publicado na revista Lancet Neurology, foi testado um medicamento, chamado gantenerumab, em pacientes com mutações genéticas raras, que praticamente garantem o desenvolvimento da doença.
- Os participantes foram acompanhados por cerca de oito anos.
- Quem usou o medicamento teve uma redução significativa no risco de desenvolver os primeiros sinais do Alzheimer.
- Nessa fase, o estudo contou com apenas 22 participantes sem problemas de memória ou cognição, o que torna os dados iniciais promissores, mas ainda limitados.
Como o gantenerumab atua no cérebro?
- É um anticorpo monoclonal que tem como alvo a proteína beta amiloide. Essa proteína forma placas no cérebro, ligadas diretamente ao avanço do Alzheimer.
- O medicamento, então, atua removendo essas placas, o que pode atrasar o surgimento dos sintomas da doença.
- O estudo sugere que é crucial iniciar o tratamento antes dos sintomas e manter por tempo suficiente.
- Apesar dos resultados promissores, especialistas destacam que o estudo não incluiu um grupo controle com placebo, o que limita a precisão dos resultados. Além disso, a amostra foi pequena e focada em um tipo raro de predisposição genética.
- Por isso, os efeitos do medicamento em pessoas com outros perfis ainda não são conhecidos e novos estudos são necessários para confirmar a eficácia e segurança do gantenerumab.
- No entanto, a continuidade do estudo depende de financiamento, que está ameaçado. Sem renovação das subvenções, a pesquisa iniciada em 2008 pode ser interrompida. Os cientistas reforçam que manter o estudo ativo é essencial para entender melhor o potencial do gantenerumab e de terapias semelhantes.
Qual o impacto real dessa descoberta?
- Embora ainda não seja uma cura, o avanço representa uma nova esperança, destacando a importância do diagnóstico precoce e da ação preventiva.
- Para pacientes e suas famílias, o estudo traz perspectiva de mais qualidade de vida no futuro. Também reforça o potencial dos medicamentos biológicos no combate à doença.
- A pesquisa contínua e o apoio financeiro são fundamentais para transformar essas descobertas em soluções reais.