Alzheimer pode ser detectado 20 anos antes dos primeiros sintomas
Saiba mais sobre esta descoberta impressionante!
Novas descobertas no campo da neurociência colocam luz sobre possíveis formas de detectar precocemente a doença de Alzheimer.
De acordo com um estudo recente conduzido pelo Instituto Karolinska, na Suécia, é possível identificar alterações no metabolismo das células cerebrais até duas décadas antes do início dos sintomas da doença.
Alzheimer pode ser detectado 20 anos antes dos primeiros sintomas
A pesquisa, publicada na revista Molecular Psychiatry, sugere que o aumento na atividade das mitocôndrias – a “usina de energia” das células – pode servir de indicativo para o diagnóstico precoce da doença.
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Segundo o estudo, com o passar do tempo, o metabolismo no cérebro de pacientes com Alzheimer tende a diminuir, o que contribui para a degradação das conexões neuronais ou sinapses.
Este fenômeno também foi observado em camundongos que foram induzidos a desenvolver a condição em um estágio avançado da vida. Porém, nos primeiros estágios da doença, a tendência é que ocorra um aumento do metabolismo mitocondrial, o que é um indício importante para a detecção precoce.
Por que é importante um diagnóstico precoce do Alzheimer?
Os sintomas da doença de Alzheimer geralmente começam a aparecer 20 anos após o início das alterações metabólicas no cérebro.
“É fundamental a detecção precoce, especialmente considerando os medicamentos retardantes que estão sendo disponibilizados. As alterações metabólicas podem ser um fator diagnóstico importante”, afirma Per Nilsson, do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade do Instituto Karolinska.
Como foi feita a pesquisa?
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores contaram com uma técnica de sequenciamento de RNA que permitiu analisar a atividade genética nas células do hipocampo – parte do cérebro relacionada à memória – durante diferentes estágios da doença.
Eles também utilizaram microscopia eletrônica entre outras técnicas para estudar as modificações nas sinapses entre os neurônios.
Quais são os próximos passos da pesquisa?
A equipe de pesquisa pretende aprofundar ainda mais os estudos sobre o papel das mitocôndrias e da autofagia no desenvolvimento da doença de Alzheimer.
“Essas descobertas destacam a importância de manter as mitocôndrias funcionais e o metabolismo normal das proteínas. Em breve, iremos testar em ratos se novas moléculas que estabilizam a função mitocondrial e autofágica podem retardar a doença”, concluiu Nilsson.
Essas descobertas podem ser um avanço substancial na luta contra o Alzheimer, porém, ainda são necessários mais estudos e testes para confirmar a eficácia desse novo marcador para o diagnóstico precoce da doença.