Ansiedade: entenda os perigos da automedicação

Entenda por que a automedicação pode trazer consequências inesperadas para o tratamento de ansiedade

Automedicação: segundo pesquisas, o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos para a ansiedade aumentou nos últimos anos – iStock/Getty Images
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Automedicação: segundo pesquisas, o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos para a ansiedade aumentou nos últimos anos – iStock/Getty Images

Resposta natural do corpo humano para uma série de situações do cotidiano, a ansiedade pode se manifestar por meio de uma série de sintomas como inquietação, preocupação excessiva, insônia, medo, tornando-se um transtorno mental que exige tratamento.

Diante de uma situação de diagnóstico comprovado, um cenário cada vez mais preocupante tem chamado a atenção de especialistas: a automedicação, envolvendo medicamentos controlados já inseridos no contexto familiar do doente, para tratar sintomas de ansiedade e depressão.

Segundo pesquisas, o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos aumentou nos últimos anos. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostrou que em 2020, durante da pandemia da covid-19, as vendas de antidepressivos e estabilizantes de humor aumentaram 14%.

Automedicação: quais são os riscos?

Quando ingerido de forma incorreta, todo remédio pode causar mais malefícios que benefícios ao organismo. Como por exemplo o uso indiscriminado de antibióticos, que ao estimular uma resistência bacteriana compromete a eficácia dos tratamentos.

Enquanto no caso de ansiolíticos ou antidepressivos pode se demonstrar completamente eficaz, uma vez que o tratamento depende do acompanhamento multiprofissional com psiquiatras, psicólogos, profissionais de educação física, entre outros. “A automedicação pode mascarar sintomas de casos mais graves, podendo levar ao aparecimento de efeitos adversos em decorrência das interações medicamentosas; e muitas vezes pode amenizar somente os sintomas sem tratar a causa da ansiedade”, ressalta a Profa. Dra. Viviani Milan Ferreira Rastelli, do curso graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul.

Por isso ela reforça que todo e qualquer distúrbio psicológico deve ser acompanhado por profissionais qualificados. “A pessoa que se sente ansiosa deve procurar um terapeuta que a ajudará na identificação da causa de sua ansiedade. Se for necessário, será encaminhada para um psiquiatra que fará a prescrição de medicamentos. Poderá utilizar de terapias ocupacionais, dança e medicina integrativa para auxiliar nesse processo”, diz.

Sintomas de ansiedade

Os sintomas físicos mais comuns de uma pessoa que sofre do transtorno de ansiedade generalizada são:

  • Tontura;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Falta de ar;
  • Taquicardia;
  • Gagueira;
  • Insônia;
  • Desmaios.

Sintomas psicológicos 

  • preocupação excessiva;
  • ver perigo em situações cotidianas;
  • medos ilógicos;
  • pensamentos obsessivos;
  • sensação de nervosismo;
  • insônia.