Por que mulheres jovens são as mais afetadas pela ansiedade ligada ao uso do celular?
Estudo europeu aponta que mulheres jovens são mais vulneráveis à ansiedade causada pelo uso excessivo das telas; entenda os fatores por trás desse impacto
Um levantamento recente apresentado no Congresso Europeu de Psiquiatria revela que mulheres jovens são mais afetadas emocionalmente pelo uso excessivo de celulares.

A análise sugere que o tempo prolongado diante das telas está diretamente ligado ao aumento de sintomas de ansiedade, especialmente nesse grupo.
Como o estudo foi realizado?
O estudo, conduzido por pesquisadores ligados à Associação Europeia de Psiquiatria, investigou o comportamento de 400 jovens adultos.
Os dados indicam que, embora o uso intenso de smartphones afete o bem-estar de forma geral, os efeitos negativos são mais evidentes entre mulheres.
A pesquisa também aponta que o uso passivo das redes sociais — como rolar feeds sem interagir ou enviar mensagens em busca de segurança emocional — está entre os hábitos mais associados ao aumento da ansiedade.
Embora o estudo não tenha detalhado os tipos de conteúdo consumido, os autores reforçam que o uso constante das telas como forma de distração ou alívio emocional tem sido ligado a impactos psicológicos negativos e padrões de uso compulsivo.
Por que as mulheres são mais afetadas?
Segundo os autores, essa diferença pode estar relacionada a fatores como a pressão social em torno da aparência, maior envolvimento em interações digitais e sensibilidade emocional mais acentuada. Esses aspectos tendem a estimular a busca por validação online, o que pode reforçar o ciclo de ansiedade e dependência do celular.
Para enfrentar esse cenário, os especialistas recomendam medidas preventivas voltadas à construção de uma relação mais equilibrada com a tecnologia.
Entre as estratégias sugeridas estão a valorização de interações presenciais, o controle consciente do tempo de tela e a criação de outras formas saudáveis de lidar com o estresse.
Essas ações são consideradas especialmente importantes para proteger a saúde mental das mulheres jovens, que, de acordo com o estudo, estão mais expostas aos riscos causados pelo uso abusivo dos dispositivos digitais.