Antidepressivos: especialistas alertam sobre uso de remédios
Em todo o mundo, cerca de 246 milhões de pessoas recorrem a medicamentos para o tratamento de transtorno depressivo.

Estimativas levantadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, em todo o mundo, aproximadamente 246 milhões de pessoas recorrem a medicamentos para o tratamento de transtorno depressivo.
Recentemente, um estudo analisou 176 ensaios com quase 30.000 pacientes para investigar os efeitos secundários relacionados a antidepressivos, quando usados para dor crônica.
Os resultados destacaram que, apesar dos benefícios para o transtorno, nao há “evidências insuficientes” de que essas drogas, incluindo amitriptilina, fluoxetina e citalopram, fornecem algum alívio.
- Inscrições abertas para curso gratuito de tecnologia para jovens de grupos sub-representados
- Game na palma da mão: como o celular transformou o acesso aos videogames no Brasil
- Itaú Unibanco abre vagas em programa de formação para PcD’s
- ‘A inclusão começa na matrícula’: o que escolas e professores precisam saber sobre o autismo
Comunicado divulgado por pesquisadores da University of Southampton no Reino Unido, responsáveis pela condução do estudo, justificou as análises. “Nossa revisão não encontrou nenhuma evidência confiável para a eficácia a longo prazo de qualquer antidepressivo e nenhuma evidência confiável para sua segurança para dor crônica em qualquer ponto”.
Efeitos dos antidepressivos
Ainda de acordo com o estudo, os antidepressivos passaram a ser indicados para a dor porque acreditava-se que suas propriedades afetavam os sinais químicos entre os nervos que a causam.
Entre os remédios eventualmente associados a essa finalidade, está a amitriptilina, antidepressivo mais comumente prescrito para dor crônica em todo o mundo, sobretudo por conta de seu relativo baixo custo.
Por outro lado, a duloxetina apresentou resultados confiáveis para o tratamento de dores crônicas, ainda que faltem estudos de longo prazo sobre seu uso, segundo os pesquisadores.
Apesar do alerta, eles destacam que se as pessoas quiserem abandonar essas drogas, não o façam sem antes consultar seus médicos. “O que queremos é que os médicos priorizem os medicamentos que demonstraram funcionar e que são apenas a duloxetina”, alertam os especialistas.