Anvisa autoriza novo estudo para o tratamento CAR-T no Brasil
Nova fronteira no tratamento do câncer: Anvisa autoriza estudo pioneiro em CAR-T
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma nova etapa para as pesquisas de combate ao câncer no Brasil. Trata-se da permissão para um novo round de estudos sobre os tratamentos com a técnica CAR-T, que utiliza células do próprio paciente na luta contra a doença.
Anvisa autoriza novo estudo para o tratamento CAR-T no Brasil
A ligação entre o avanço dessa técnica e a historia de superação de Paulo Peregrino é inevitável. Peregrino, diagnosticado com um câncer em estado avançado, teve uma remissão expressiva com a terapia CAR-T, em menos de trinta dias. O sucesso ocorreu em maio desse ano, tornando a técnica reconhecida e respeitada no meio médico.
Qual será o foco da nova pesquisa sobre a técnica CAR-T?
A autorização recente da Anvisa permite que o Instituto Butantan e a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP) conduzam um ensaio clínico mais abrangente desta cura celular. Vale ressaltar que ambos os institutos estiveram envolvidos no tratamento de Paulo Peregrino, consolidando sua experiência na aplicação da técnica.
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Os estudos estão em sua fase clínica inicial (fase 1/2). A principal meta é testar a segurança e eficácia da terapia CAR-T em pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, que não obtiveram respostas satisfatórias aos tratamentos convencionais disponíveis hoje – incluindo o transplante de medula óssea.
Quais serão os próximos passos para o tratamento CAR-T no Brasil?
Além de autorizar a pesquisa, Anvisa anunciou um plano para acompanhar os resultados obtidos até dezembro de 2024. A intenção é coletar dados diretos do estudo com a terapia CAR-T em tempo real. Caso seja comprovada sua eficácia e segurança, o objetivo é tornar a técnica acessível ao público por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Perspectivas para o futuro do tratamento CAR-T
Atualmente, a técnica CAR-T está autorizada somente para tratamentos de cânceres relacionados ao sangue no Brasil. Porém, em âmbito global, estudos já estão sendo conduzidos visando aplicar a técnica em diversos outros tipos de tumores.
“Não tenho dúvidas de que a terapia celular é a nova fronteira do tratamento do câncer: é específica, age rapidamente, com força, e sem causar os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais”, declara o hematologista Dimas Covas.