Anvisa suspende propaganda da ‘Xo Xuca’ por alegações enganosas
Após destaque no Shark Tank Brasil, Xo Xuca enfrenta restrições da Anvisa
Em recente comunicado oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decretou que a “Xo Xuca Suplementos Naturais LTDA” interrompesse a divulgação de seu suplemento natural feito de fibras.
No marketing da empresa, o produto foi posicionado como uma alternativa à chuca – um método de higiene anal. Vale esclarecer que a venda e a fabricação do produto estão permitidas, sendo a publicidade a única ação vetada.
Anvisa suspende propaganda da ‘Xo Xuca’ por alegações enganosas
Apesar de recentemente ter ganhado destaque após participação no programa “Shark Tank Brasil” e de divulgar ter vendido mais de 10 mil produtos, com 99% de aprovação dos clientes, a Xo Xuca chamou atenção da Anvisa.
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No programa, os fundadores Geovani, Renan e Cristina Letenski conseguiram um investimento de R$ 70 mil por 50% do controle da companhia.
O suplemento e seus benefícios reivindicados
Ao visitar o site da “Xo Xuca”, descobrimos que a empresa alega que o suplemento feito de psyllium, farinha de chia e farinha de linhaça tem um papel atuante na consistência das fezes, ajudando-as a permanecerem unidas e não deixando resíduos.
Eles fazem uma analogia, comparando as fezes a uma massa de pão e as fibras do produto a farinha necessária para que a massa não grude nas mãos.
Por que a propaganda foi suspensa?
Segundo a resolução da Anvisa, o motivo por trás da suspensão da propaganda seria o fato de esta ser enganosa, ao alegar que o suplemento poderia substituir a chuca e trazer benefícios terapêuticos para doenças graves.
Alguns desses benefícios incluem auxílio no controle glicêmico e no nível de colesterol, favorecimento para a redução de colesterol e de glicemia, diminuição de riscos de doenças cardíacas e aumento da resistência a infecções.
A determinação da agência se aplica a “todos os sites, bem como a todos ambientes de divulgação (mídias sociais, provedor de conteúdos, lojas digitais em plataformas eletrônicas de venda, etc.)”.
Quais serão as consequências para a empresa?
Por enquanto, a empresa ainda não divulgou como planeja proceder após essa determinação da Anvisa. É provável que isso afete sua estratégia de marketing e talvez até mesmo as vendas, apesar de o produto poder continuar sendo fabricado e vendido normalmente.
As próximas ações da empresa são aguardadas com curiosidade, e os consumidores devem ficar atentos a possíveis mudanças no produto ou em suas alegações de benefícios à saúde.