Os 4 aparelhos mais sujos da academia, segundo novo estudo
A pesquisa revela os piores resultados de sujeira visível e invisível e oferece recomendações para garantir a higiene e saúde dos usuários
Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) revelou que alguns aparelhos de academias podem ser verdadeiros focos de sujeira, tanto visível quanto invisível.
O estudo, que examinou equipamentos de duas academias em Juiz de Fora – uma pública e outra particular –, usou uma combinação de inspeções visuais, testes de resíduos de proteína e métodos de fluorescência para detectar sujeiras.
O objetivo era identificar quais aparelhos acumulam mais sujeira e quais práticas de limpeza são inadequadas.
Quais são os aparelhos mais sujos da academia?
- Leg press;
- Halter de 8 kg;
- Barra de agachamento;
- Máquina de hack squat.
Esses aparelhos, segundo os resultados publicados no Journal of Human Environment and Health Promotion, mostraram os piores índices de sujeira invisível.
Quais métodos foram utilizados para detectar a sujeira nos equipamentos?
O estudo envolveu 120 avaliações detalhadas dos equipamentos de alta rotatividade em ambas as academias.
Das 120 avaliações, 48 foram inspeções visuais, 48 testes de resíduos de proteína para identificar sujeira não visível, e 28 testes de fluorescência (utiliza emissão de luz para identificar partículas) para detectar contaminantes.
Nesse teste de fluorescência, contaminação microbiana foi constatada no leg press, no haltere de 8kg e na máquina de chest fly (voador).
Nas inspeções visuais, os resultados indicaram uma disparidade significativa entre as duas academias. Na academia pública, 95,8% dos equipamentos apresentavam sujeira visível, enquanto na academia privada, a taxa foi de 33,3%.
Afinal, quais são as recomendações para melhorar a higiene nas academias?
O coordenador do estudo, o professor da Faculdade de Enfermagem da UFJF, André Luiz Alvim, destacou a importância da higienização adequada para prevenir a transmissão de doenças como conjuntivite, gripe, covid-19 e diarreia.
Ele recomendou que os usuários das academias adotem algumas medidas de precaução: higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel, levar uma toalha pessoal para cobrir as superfícies dos equipamentos, e limpar e desinfetar os aparelhos após o uso.
Além disso, é crucial cuidar da garrafinha de água, que pode ser uma fonte de contaminação cruzada, e evitar manter as roupas de treino ao chegar em casa para minimizar o risco de disseminação de germes.
“A academia precisa ter uma frequência para fazer a limpeza e a desinfecção das superfícies, incluindo chão, parede, banheiro e, principalmente, os aparelhos de malhar. O volume de pessoas que frequentam o local é muito alto e, por isso mesmo, é importante esta periodicidade. A academia precisa também fornecer insumos necessários para a higienização pelos usuários”, pontuou Daniela Batista, uma das autoras do estudo.