Aquela dorzinha chata no ombro pode ser coisa séria demais

Escápulas presas, doloridas ou instáveis podem afetar significativamente a qualidade de vida, reduzindo a mobilidade dos ombros e dificultando atividades cotidianas. Destravar escápulas travadas é essencial para evitar complicações maiores e promover uma movimentação saudável da articulação escapular.

Ao abordar esse tema, é fundamental entender as causas do problema, a relevância da mobilidade escapular para os ombros, como integrar exercícios eficazes no dia a dia e quais riscos existem ao ignorar a mobilidade dessa estrutura. Cada aspecto será detalhado a seguir para esclarecer dúvidas e orientar práticas seguras.

O que leva ao travamento das escápulas?

O travamento ou a sensação de escápulas presas tem ligação direta com a fraqueza dos músculos que estabilizam essa estrutura, como o serrátil anterior, trapézio e rombóides. Alterações neuromusculares ou lesões nessa região também podem provocar desalinhamento ou instabilidade.

Nesses casos, a chamada “escápula alada” pode surgir, quando a escápula perde o contato adequado com o tórax, causando desconforto e maior risco de lesão nos ombros.

A mobilidade escapular influencia a saúde do ombro?

Sim, a movimentação correta das escápulas auxilia na distribuição das cargas durante elevações e rotações do braço, protegendo músculos e articulações envolvidos nos movimentos.

Dados de estudos mostram que a mobilização escapular pode reduzir dores e otimizar o alcance de movimento do ombro, além de diminuir as chances de lesão, sendo aprovada como estratégia por profissionais de saúde.

Abaixo, veja um vídeo do Professor Rodrigo Fenner ensinando a como fazer um movimento recomendado para escápulas:

Exercícios práticos para destravar escápulas podem ser feitos em casa?

Existe uma variedade de exercícios simples e efetivos, baseados em evidências, que podem ser realizados para restaurar a mobilidade e a estabilidade das escápulas. Entre eles, destacam-se:

1. Protração e retração escapular: movimentar as escápulas para frente e para trás, de forma controlada.
2. Elevação em “Y”: deitado de bruços, levantar os braços formando um “Y” e retrair as escápulas para baixo.
3. Exercícios com faixa elástica: puxar a faixa para trás, focando no movimento das escápulas.
4. Flexão escapular (push-up plus): realizar flexões ampliando a movimentação das escápulas no topo do movimento.

Qual é a melhor forma de incorporar esses exercícios sem sobrecarregar?

A execução eficiente desses exercícios depende da frequência e do volume. O recomendado é praticar de duas a três séries de oito a doze repetições, mantendo movimentos lentos e controlados.

Realizar as atividades de três a quatro vezes por semana demonstra ser suficiente para promover estabilidade, reduzir compensações e incentivar uma postura mais equilibrada.

Ignorar escápulas travadas pode causar complicações?

Ao negligenciar a mobilidade escapular, aumentam as chances de instabilidade do ombro, o que pode resultar em lesões frequentes, limitações de movimento e compensações dolorosas em outras regiões, como pescoço e coluna.

Manter as escápulas livres de travamento e com boa mobilidade é um passo indispensável na rotina de cuidados com a saúde articular, reforçando o papel fundamental dessa estrutura nos movimentos diários.