Tempo frio e seco do inverno pode agravar sintomas da asma
O inverno no Brasil começa oficialmente nesta quinta-feira (21). Nesta época do ano as temperaturas ficam mais baixas e o clima mais seco. Este fatores podem agravar ainda mais os sintomas da asma.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de asma em todo o mundo. No Brasil, 10% da população é asmática e a doença é responsável por 400 mil internações hospitalares.
Os principais fatores que contribuem para a manifestação da asma são: ação conjunta de fatores ambientais (ácaros da poeira, mofo, poluentes, infecção respiratória por vírus), nutricionais (excesso de peso), hormonais (menstruar em idade mais jovem) e de genes herdados dos pais que fazem com que alguns tenham mais chance de desenvolver asma (predisposição genética).
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Aproximadamente 70 a 80% das pessoas que têm asma são alérgicas e, embora seja uma doença de longa duração, caracterizada por inflamação dos brônquios e hiper-reatividade deles a diversos estímulos, a asma apresenta períodos de piora (crises) e de melhora, muitas vezes sem qualquer sintoma.
Inverno
A asma deve ser acompanhada e tratada o tempo todo., por isso a atenção deve ser redobrada no inverno. Nessa época do ano é comum usarmos roupas que acumulam mais poeira e que estão guardadas há muito tempo.
“Quanto maior o contato com causadores de alergia, maiores as chances de crises. Para impedir o desconforto, é importante evitar cortinas e tapetes, manter a casa limpa e arejada, conservar bichos de pelúcia e livros limpos e guardados, não fumar, entre outras coisas”, diz Pedro Genta, pneumologista do HCor (Hospital do Coração) de São Paulo.
Cuidados e tratamento
Quando o assunto é informação e tratamento, a asma é, ainda, uma doença negligenciada pelos médicos e pelos próprios pacientes, devido à falta de entendimento sobre a doença e seus sintomas, além do subdiagnóstico da gravidade.
Mesmo com a alta prevalência, hospitalizações e mortalidade, ela é esquecida e subtratada.
A asma é uma doença crônica e, por isso, necessita de acompanhamento contínuo. Muitos pacientes precisam de medicação diária para prevenção e controle dos sintomas.
“É importante evitar a exposição aos fatores alergênicos que desencadeiam os sintomas, como pelos de animais, poeira e umidade, além de ficar atento aos sintomas de falta de ar e chiado no peito”, alerta o médico.
Para amenizar os sintomas e evitar as crises, são necessárias algumas medidas preventivas: ficar longe da fumaça de cigarro e da poluição; evitar ambientes com muita poeira e ácaros; não conviver com animais domésticos, como gatos e cachorros; proteger-se das mudanças bruscas de temperatura; prevenir-se contra gripes e resfriados; praticar exercícios respiratórios, como natação e ioga.