Atriz de “Anne With an E” retira os dois seios devido a câncer
Atriz de 19 anos retirou os dois seios devido a câncer de mama
Miranda McKeon, de 19 anos, conhecida pelo papel de Josie Pye na série “Anne With an E”, foi diagnosticada com câncer de mama em meados de junho. Na quarta-feira (10), quase um mês após sua última rodada de quimioterapia, ela revelou ter se submetido a uma mastectomia dupla (retirada dos dois seios).
O câncer de mama é uma ocorrência extremamente rara para uma adolescente e Miranda descobriu a doença depois de ter sentido um caroço no peito. Nos meses seguintes, ela passou por oito semanas de quimioterapia intensiva.
Em seu Instagram, ela falou sobre a cirurgia:
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“Terei uma mastectomia dupla – um procedimento para remover todo o tecido mamário sob a pele em ambos os lados, bem como alguns gânglios linfáticos do meu lado direito. Isso eliminará qualquer câncer e diminuirá significativamente meu risco de recorrência no futuro”
Ela deu mais detalhes:
“Enquanto nas mastectomias tradicionais, as mulheres ficam quase totalmente dormentes no peito – terei uma sensação de preservação da mastectomia, o que é seguro do ponto de vista oncológico, mas mais cuidado é tomado ao cortar nervos e enxertos de nervos são feitos para reconstruir os cortados. Embora certamente demore um pouco de tempo, estou muito grato por voltar a me parecer e me sentir como eu mesma”, finalizou.
Câncer de mama: sintomas, prevenção e tratamento
Todos os anos, a campanha Outubro Rosa busca conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento correto do câncer de mama, mas os números de pesquisas mostram que é preciso fazer mais. Embora a mamografia a partir dos 40 anos seja essencial para o diagnóstico precoce, a adesão a este exame de imagem é ainda um dos entraves para vencer a doença.
“O primeiro e principal passo para combatermos a doença é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral estejam conscientes da necessidade de realização da mamografia”, afirma Bruno Ferrari, oncologista e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas.
A adesão à mamografia precisa ser antecipada entre mulheres com histórico de câncer na família, ou seja, cujas mães, avós ou irmãs tiveram câncer de mama. “Cerca de 10% dos casos de câncer de mama estão associados a fatores genéticos hereditários”, explica Ferrari. “Nessas situações, o controle preventivo deve ser iniciado antes mesmo dos 40 anos por conta do risco aumentado”, orienta.
Sinais de câncer de mama
A característica mais comum da doença é o surgimento de um nódulo nas mamas ou axilas geralmente indolor. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais menos frequentes; veja abaixo:
- Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo)
- Edema (inchaço) da pele
- Eritema (vermelhidão) na pele
- Inversão do mamilo
- Assimetria das mamas
- Espessamento ou retração da pele ou do mamilo
- Secreção pelos mamilos
- Inchaço do braço
- Dor na mama ou mamilo
Como reduzir o risco do câncer de mama
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função dos múltiplos fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis, mas além de realizar exames preventivos com frequência, a adoção de alguns hábitos de vida saudáveis, podem diminuir o risco; são eles:
- Manter uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais e com pouca gordura;
- Praticar atividades físicas regulares, pelo menos por 1 hora, 3 dias por semana;
- Evitar sobrepeso;
- Evitar fumar;
- Quando amamentar, fazê-lo pelo maior número de meses possível;
- Evitar ingestão alcoólica excessiva, mais de três drinques de alto teor alcoólico por dia.
De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.
Ainda de acordo com um levantamento feito por instituições brasileiras e americanas, em parceria com o Ministério da Saúde, 12% das mortes causadas pela doença no Brasil poderiam ser evitadas caso as mulheres praticassem atividades físicas regularmente.
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