Atriz Letícia Sabatella revela diagnóstico de autismo; veja os sintomas
A atriz falou do diagnóstico durante sua participação no podcast "Papagaio Falante", na última semana
A atriz Letícia Sabatella, de 52 anos, compartilhou sua mais recente descoberta. Durante uma participação especial no podcast “Papagaio Falante”, na última terça-feira, 5, ela disse que, recentemente, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Letícia disse que ainda está aprendendo sobre o tema, mas disse que o diagnóstico acabou sendo confirmado através de uma investigação médica, acompanhada por uma psiquiatra e um neurologista.
A atriz disse que seu autismo é de grau leve, também conhecido como Síndrome de Asperger.
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“Ainda é uma coisa que é uma antecipação eu falar, porque não estudei o suficiente para falar sobre isso, mas já sei que é. Descobri com a investigação de uma psiquiatra e neurologista que estou dentro do transtorno do espectro autista, num grau leve, chamado de Asperger, que é ativa e passiva ao mesmo tempo”, contou.
Segundo a atriz, ela começou a estudar atuação numa tentativa de “mascarar” os sintomas: “O fato de eu escolher o teatro, escolher a arte, foi meu mecanismo de aprender a, de algum modo, superar ou acomodar essa realidade, esse modo de ver as coisas, que traz muita hipersensibilidade, uma ingenuidade.”
Letícia também disse que, ao longo dos anos, isso impactou na forma como outras pessoas enxergavam seu jeito, mas ela não sabia que tinha autismo.
“O Dennis Carvalho sempre falou assim: ‘Leticia é um ET, ela chega aqui, abre um zíper e sai’. [Mas talvez isso seja sobre] essa necessidade de ficar reclusa, de ficar no seu mundinho, né?”, afirmou.
O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
O TEA é uma condição que afeta de 2 a 3% da população mundial e tem como principais características o comprometimento da socialização, linguagem e interesse dos indivíduos.
De acordo com o Manual de Saúde (MSD), os sinais de autismo podem variar conforme o grau, classificados da seguinte forma: leve, moderado e severo.
As pessoas que possuem o autismo de grau leve, como Letícia Sabatella, são consideradas autônomas em seus desafios do dia a dia. Tal autonomia pode até mesmo ofuscar os sinais de sua condição, muitas vezes passando despercebidos para quem convive com elas.
No entanto, esses indivíduos costumam demonstrar preferência pela manutenção de uma rotina e geralmente possuem um pensamento mais fechado, resistindo a iniciar interações sociais microscópicas.
Quais são as diferenças entre os graus de autismo?
Indivíduos diagnosticados com autismo moderado precisam de um acompanhamento constante em suas atividades cotidianas e de terapias direcionadas.
Os sinais se manifestam desde a infância, sendo mais notáveis por meio da dificuldade de socialização e atrasos na fala. Sua evolução, entretanto, com o auxílio de uma terapia adequada, pode permitir um funcionamento regular da vida e até uma relativa independência.
O autismo de grau severo é o mais impactante, já que as pessoas com essa condição sequer desenvolvem a capacidade de comunicação verbal e têm uma intensa fixação em objetos de seu interesse, podendo tender ao isolamento. A possibilidade de agressões a si mesmas ou a outras pessoas durante períodos de estresse e a necessidade de supervisão constante são características marcantes deste grau de autismo.