Aumentam os casos da doença da “urina preta” no Amazonas
Crescimento alarmante de casos da “doença da urina preta” no Amazonas: autoridades de saúde em ação
Com um número crescente de casos, a doença de Haff, conhecida popularmente como “doença da urina preta”, acende um alerta em todo o Amazonas. A situação, vigiada de perto pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVSAM), já notificou até o momento 86 ocorrências suspeitas. Somente no mês de setembro, foram 20 registros.
Aumentam os casos da doença da “urina preta” no Amazonas
A doença de Haff se caracteriza principalmente pela coloração escura da urina, decorrente da liberação de toxinas na corrente sanguínea por lesões musculares, um quadro clínico conhecido como rabdomiólise.
O último balanço do estado, divulgado recentemente, mostra que, dos 86 casos notificados, 49 foram confirmados, 24 descartados e 13 ainda estão em investigação.
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Os casos estão distribuídos em municípios como Itacoatiara, Manaus, Manacapuru, Parintins e Nova Olinda do Norte. É importante ressaltar que, até o momento, não houve mortes relacionadas ao surto.
Sobre as origens da doença
A “doença da urina preta” pode ser adquirida pela ingestão de toxinas presentes em peixes e crustáceos. Essas toxinas são provenientes de microalgas e podem suportar altas temperaturas, permanecendo nos alimentos mesmo após o cozimento. Um estudo realizado pela Fiocruz Bahia e divulgado pela revista Lancet Regional Health – Américas reforça essa conclusão.
Quais são os sintomas da doença da urina preta?
Alem da alteração na coloração da urina, outros sintomas podem ocorrer em indivíduos com a doença de Haff, como: dores musculares (mialgia), mal-estar, náuseas, fraqueza muscular, dor abdominal e vômito.
Além da ingestão de peixes e crustáceos contaminados, a rabdomiólise pode ser causada por traumas, atividades físicas excessivas, infecções, consumo excessivo de álcool e outras drogas.
Medidas adotadas pela FVS-AM
Para enfrentar a situação, a FVS-AM organizou uma força-tarefa composta por profissionais de diversos órgãos de saúde, que têm como missão rastrear novos casos suspeitos nos municípios.
Além disso, a fundação destaca que toda a rede de saúde, englobando as unidades privadas e públicas, da capital e do interior do estado, está preparada para realizar o atendimento de casos suspeitos de rabdomiólise.
No Brasil, a doença da urina preta já proporcionou surtos em outros anos e estados, como Amazonas, Bahia e Pará, o que evidencia a necessidade de um contínuo monitoramento das autoridades de saúde locais e de um maior esclarecimento da população sobre as formas de contágio e prevenção.