Autismo em meninos e a conexão com a exposição pré-natal ao plástico
Nova pesquisa revela a ligação entre a exposição pré-natal ao bisfenol A e o desenvolvimento de autismo em meninos, com foco em depressão e ansiedade
Um estudo recente apontou uma ligação significativa entre a exposição pré-natal ao bisfenol A (BPA), um produto químico comumente encontrado em plásticos, e o desenvolvimento de autismo em meninos.
A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, não apenas reforça as preocupações com o BPA, mas também sugere uma correlação com transtornos como depressão e ansiedade.
Detalhes da pesquisa
A investigação incluiu 1.074 crianças australianas, com aproximadamente metade delas sendo meninos. Os cientistas observaram que, entre os meninos cujas mães apresentavam altos níveis de BPA na urina durante a gestação, havia uma prevalência maior de diagnósticos de autismo entre os sete e 11 anos. No total, 43 crianças foram diagnosticadas, sendo 29 meninos.
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O Impacto do BPA
O bisfenol A é amplamente utilizado na fabricação de garrafas de água reutilizáveis, recipientes de alimentos e outras embalagens plásticas.
Pesquisas anteriores já haviam vinculado o BPA a problemas de saúde, devido à sua capacidade de imitar o estrogênio, afetando processos corporais cruciais como desenvolvimento fetal e reparo celular.
Essa nova pesquisa acrescenta à lista de riscos potenciais do BPA, agora envolvendo transtornos de desenvolvimento neurológico e mental em meninos.
TEA e sua conexão com o ambiente
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a interação, comunicação e comportamento de uma pessoa, sendo diagnosticado em cerca de uma em cada 100 crianças em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A pesquisa sugere que, além da predisposição genética, fatores ambientais como a exposição ao BPA podem desempenhar um papel significativo na manifestação do autismo, assim como em condições associadas como depressão e ansiedade.