Autismo: o desafio de estimular a independência das crianças
Na correria do dia a dia é comum que mães e pais atropelem o tempo e alguns processos das crianças. Há pressa e nem sempre há como esperar, é tudo muito rápido. Só que a infância tem seu tempo, quem cria tem um tempo e os indivíduos também têm seus tempos. É necessário respeitar, em toda sua completude, esse tempo de cada um. Às vezes, o que parece ajudar, pode atrapalhar, e muito, o desenvolvimento e o entendimento dos pequenos.
Andréa é jornalista e autora do blog Lagarta Vira Pupa, onde compartilha experiências e atua defendendo a diversidade, com base na própria experiência – ela é mãe do pequeno Theo, de nove anos, uma criança autista. E se é importante compreender o tempo da infância, é ainda mais crucial trabalhar a paciência quando se trata de uma criança autista: “Não é raro que elas tenham dificuldades motoras. Então, tarefas que são relativamente simples para outras crianças – como calçar os sapatos, por exemplo – acabam sendo mais difíceis para nossos pequenos. E o que faz a mãe ou o pai quando nota a dificuldade do filho? Faz pra ele. Rá! Porque quer ajudar. Ou porque está com pressa. Ou uma mistura dos dois.” – conclui.
No vídeo abaixo, publicado no blog, Andréa mostra o processo de desconstrução pelo qual está passando – ensinar, com paciência, ao invés de fazer no lugar da criança. Nele ela ajuda o filho Theo a calçar os sapatos corretamente – e a reação dele ao conseguir é a coisa mais fofa! Confira:
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Para mães e pais de outras crianças autistas que se veem na mesma condição, Andréa dá uma dica: “No início, coloque a sua mãe sobre a dele e mostre como abrir o tênis. Guie a mão dele para colocar o sapato no pé. Quando perceber que ele já segura, diminua um pouco a força. Até que possa ir tirando a sua mão e só dando direcionamentos ou ajudas pontuais. E vibre muito, MUITO quando ele terminar! Esse é o incentivo maior!”, observa.
Aos poucos, novos desafios vão sendo superados: escovar os dentes, tomar banho, se vestir, e tantos outros. O aprendizado não é só da criança, mas também dos pais e daqueles que fazem parte de todo círculo de convivência.
Clique aqui e confira, na íntegra, o depoimento de Andréa.
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