Autoteste de HIV aprovado pela Anvisa chegará ao mercado em 1 mês
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (15), o registro do primeiro autoteste de HIV no Brasil.
O Action, da empresa Orangelife Comércio e Indústria, deve estar disponível em farmácias e drogarias em 30 dias, segundo site do governo federal. O preço do produto será definido pelo mercado, já que no Brasil não existe regulação de preços para produtos de saúde e a Anvisa, por lei, não pode fixar esse valor.
Como funciona o teste?
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
A embalagem do Action traz o dispositivo de teste, um líquido reagente, uma lanceta (específica para furar o dedo), um sachê de álcool e um capilar (um tubinho para coletar o sangue). Quem adquirir o produto fará uma coleta de gotas de sangue, semelhante aos testes já existentes para medição de glicose por diabéticos.
O resultado, que leva de 15 a 20 minutos para sair, é expresso na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do vírus HIV no sangue. A presença do anticorpo mostra que a pessoa foi exposta ao vírus que provoca a Aids, o teste é efetivo para detectar os dois subtipos do vírus que provocam a Aids.
Eficácia e recomendações
Os testes realizados com o Action demonstraram que o produto tem sensibilidade e efetividade de 99,9%, mas é importante ressaltar que o teste só é capaz de apontar a presença do vírus apenas 30 dias depois da exposição a ele. Isso por que o organismo precisa de 1 mês para produzir anticorpos em níveis que o autoteste possa detectar.
A recomendação é que, mesmo que o resultado seja negativo, o processo seja repetido 30 dias depois do primeiro teste e outra vez depois de mais 30, até completar 120 dias após a primeira suspeita de exposição ao vírus.
Caso o resultado seja positivo, é importante que a pessoa procure um serviço de saúde para confirmá-lo com testes laboratoriais e encaminhamento para o tratamento gratuito adequado, caso realmente seja confirmada a infecção.
Regulamentação
A possibilidade do registro de autoteste para o HIV surgiu em 2015, quando a Anvisa regulou o tema.
A regra estipula que as empresas que comercializam esse tipo de teste devem colocar nas instruções de uso do produto a indicação de um canal de comunicação para atendimento dos usuários que funcione 24 horas por dia e também o número do Disque Saúde 136.