Como uma bactéria da boca pode ajudar a combater este câncer
Entenda como uma bactéria pode revolucionar o tratamento do câncer de cabeça e pescoço, segundo um estudo do King's College London
Na Inglaterra, pesquisadores do King’s College London fizeram uma descoberta promissora envolvendo bactérias bucais do gênero Fusobacterium.
Normalmente encontradas na cavidade oral, essas bactérias demonstraram a capacidade de “derreter” células cancerígenas em experimentos de laboratório, apontando para um potencial uso no tratamento do câncer de cabeça e pescoço.
Como a bactéria ajuda no combate ao câncer de cabeça e pescoço?
Embora a descoberta seja promissora, os cientistas ainda não compreendem completamente os mecanismos pelos quais Fusobacterium combate as células tumorais.
- A fruta que pode proteger contra a infecção urinária naturalmente
- Entenda por que, segundo a ciência, esta atividade ajuda a reduzir o risco de câncer de próstata
- 4 sinais de alerta que podem indicar câncer renal
- Entenda o que é câncer no estágio 4 e o que pode ser feito
Até o momento, sabe-se que a bactéria libera moléculas tóxicas que podem destruir as células cancerígenas.
No entanto, mais estudos são necessários para entender como essa ação ocorre em um organismo vivo e se pode ser transformada em uma terapia eficaz para pacientes.
Pacientes com mais bactérias têm melhor prognóstico?
Um aspecto interessante revelado pelo estudo, publicado na revista Cancer Communications, é que pacientes com níveis mais elevados de Fusobacterium na boca tendem a responder melhor ao tratamento oncológico.
Essa observação sugere que a presença dessas bactérias pode funcionar como um biomarcador, ajudando a prever a eficácia do tratamento.
Porém, essa correlação precisa de uma investigação mais detalhada para confirmar a sua validade e aplicação clínica.
Quais são os próximos passos?
Serão necessários ensaios clínicos para confirmar se os efeitos observados em culturas celulares se replicam em pacientes vivos.
Além disso, é crucial investigar qualquer possível efeito adverso, já que a bactéria também está associado à progressão do câncer de intestino.