Bactéria da 1ª Guerra Mundial causa necrose e quase mata homem

Ele passou por seis cirurgias para retirar o tecido morto

Um homem sueco de 64 anos passou quatro meses no hospital depois de ser infectado por uma bactéria comum na Primeira Guerra Mundial, chamada Clostridium septicum. O caso foi relatado na revista médica  International Journal of Surgery Case Reports.

O microrgnismo entrou por uma ferida aberta, enquanto ele cuidava do jardim.

Os médicos identificaram gangrena gasosa, que causou a necrose dos músculo de suas costas e e das pernas. Ele precisou passar por seis cirurgias para retirar o tecido afetado e se livrar da infecção.

Bactéria necrosou músculos de sueco
Créditos: reprodução/Journal of Surgery Case Reports
Bactéria necrosou músculos de sueco

A gangrena gasosa, também conhecida como mionecrose clostridial, ficou famosa por derrubar soldados durante a Primeira Guerra Mundial.

Sem tratamento imediato, a infecção costuma ser fatal, pois destrói rapidamente tecidos e células sanguíneas.

Sintomas da infecção

O sueco procurou ajuda médica pela primeira vez depois de sentir uma dor inexplicável no lado esquerdo do corpo e febre por oito horas.

De acordo com o relato dos médicos, a temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial dele haviam atingido níveis preocupantes. Um exame físico revelou que seu lado esquerdo estava extremamente sensível.

Mas os médicos não conseguiram encontrar sinais de lesão traumática, que justificasse todos os sintomas.

Uma tomografia computadorizada mostrou fluido e gás ao redor do músculo iliopsoas esquerdo, que conecta a parte inferior das costas às pernas e quadris.

O homem, então, recebeu uma série de antibióticos e os médicos optaram por ver como sua condição evoluiu antes de se submeter a uma cirurgia.

Como a situação piorou em poucas horas, os médicos passaram a acreditar que ele havia desenvolvido fasciíte necrotizante, causada por bactéria comedora de carne. Diante desse quadro, os médicos resolveram realizar uma cirurgia de urgência.

Foi preciso retirar 50% do músculo entre a pelve e a coluna por conta da necrose. Durante seus 135 dias no hospital, ele ainda teve que fazer outras cinco cirurgias para remover o tecido morto e evitar a amputação.