Bebê é internado com sarna humana; entenda a doença contagiosa

Infecção causada por ácaro é facilmente transmitida pelo contato entre as pessoas

A cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, voltou a registrar casos de sarna humana. A doença contagiosa infectou 9 pessoas da mesma família, incluindo um bebê de apenas dois meses de idade que precisou ser internado. No ano passado, o município já tinha sofrido com surtos da doença.

De acordo com Stefanny Bomfim Albuquerque, de 25 anos, mãe do bebê Kauan, o menino teve alta, mas ainda sofre com dor.

“Meu filho grita de dor. Deve ser muito difícil, eu sei que ele está sofrendo, porque eu sei como coçar e dizer quando estou mal e ele não consegue”, disse em entrevista ao G1.

Bebê com sarna humana precisou ser internado
Créditos: reprodução/PG Invisível
Bebê com sarna humana precisou ser internado

Conhecida como escabiose, a sarna humana gera bolhas que, quando coçadas, se tornam feridas na pele.

A infecção é causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis. O contágio se dá somente entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados.

Importante: animais como gato e cachorro não transmitem a sarna humana.

 O contágio da sarna humana se dá por contato direto com pessoa, roupas e outros objetos contaminados
Créditos: reprodução/PG Invisível
 O contágio da sarna humana se dá por contato direto com pessoa, roupas e outros objetos contaminados

Sintomas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença tem como característica principal a coceira intensa que, geralmente, piora durante a noite.

As lesões típica da sarna atingem principalmente o abdome, baixo ventre, umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entres os dedos das mãos e genitais.

Nos bebês, o acometimento das plantas dos pés e palmas das mãos é frequente. A escabiose raramente atinge a pele do pescoço e da face, exceto nas crianças, em quem estas regiões podem também ser afetadas.

Tratamento

O diagnóstico é geralmente clínico e o tratamento envolve o uso de medicamentos tópicos na pele, pelos e cabelo ou uso de medicamentos orais.

Os pacientes também são orientados a fazer a troca das roupas todos os dias. Todas as pessoas da casa que tiverem qualquer tipo de coceira devem se tratar ao mesmo tempo, para evitar a recontaminação. As unhas devem ser escovadas com sabonetes apropriados para a retirada de parasitas ali depositados pelo ato de coçar.