Bebê é diagnosticada com câncer após mãe notar detalhe em foto

Danielle Prior, mãe de Evie, de 11 meses, percebeu um detalhe incomum em uma foto da menina e procurou um médico

11/07/2023 04:00

Após estranhar luz em foto da filha, mulher descobriu que se tratava de câncer
Após estranhar luz em foto da filha, mulher descobriu que se tratava de câncer - Reprodução/Instagram/@evie_cancerjourney

Após registrar uma imagem de sua filha com o celular, Danielle Prior fez uma descoberta impactante: sua pequena Evie, na época com apenas 11 meses, estava sofrendo de retinoblastoma, um câncer raro de retina.

Tudo começou em janeiro, quando Danielle percebeu um “anel branco brilhante” no olho direito de Evie enquanto tirava uma foto. Inicialmente, a mulher, que vive em Surrey, na Inglaterra, acreditou que o brilho fosse resultado do flash. Contudo, o círculo brilhante continuou aparecendo em outras fotografias.

Após ficar intrigada com a luz branca no olho de sua filha, Danielle decidiu buscar respostas no Google, e ficou apavorada ao descobrir que a luz branca poderia ser um sinal de alerta para o câncer. Ela, então, agendou uma consulta de emergência para o mesmo dia.

“Mostrei as fotos aos médicos e eles fizeram um teste de reflexo vermelho, onde iluminam o olho e um olho normal reflete o vermelho. O olho de Evie refletiu em branco e agora sei que o brilho branco é o tumor refletindo em você”, relatou a mulher ao The Sun.

A mãe também compartilhou que os médicos suspeitaram inicialmente de catarata, porém, dias depois, uma ultrassonografia revelou a presença de um tumor em massa e depósitos de cálcio na retina de Evie. Na consulta seguinte, foi confirmado o diagnóstico de retinoblastoma unilateral grau D.

Aos 11 meses, menina foi diagnosticada com retinoblastoma
Aos 11 meses, menina foi diagnosticada com retinoblastoma - Reprodução/Instagram/@evie_cancerjourney

Tratamento do câncer de Evie

A vida após o diagnóstico tem sido desafiadora para Evie e sua família. A menina passou por três sessões de quimioterapia intra-arterial entre fevereiro e março. Nesse tratamento, a quimioterapia acaba sendo administrada diretamente na artéria oftálmica, uma artéria na cabeça.

Em abril, após a terceira sessão, os resultados mostraram que o tumor estava estável, havia diminuído e não apresentava atividade.

No entanto, em 4 de maio, Danielle recebeu a terrível notícia de que o tumor de Evie estava ativo e havia crescido. Além disso, os médicos detectaram novos tumores em uma região diferente do olho.

“A notícia me atingiu com força. É devastador. Nossa primeira opção é tentar mais três cursos de quimioterapia intra-arterial, mas com uma dosagem mais alta de ambas as drogas quimioterápicas no olho. Se não houver progresso, não temos escolha a não ser remover o olho direito”, disse a mãe.

Como a menina está hoje?

Desde o diagnóstico, Danielle teve que deixar o emprego para cuidar da filha. Agora, ela espera que as próximas sessões de tratamento eliminem completamente o tumor.

“Nossa vida não é mais a mesma. Estamos constantemente em hospitais e Evie é colocada para dormir pelo menos duas vezes por mês. Estou lutando financeiramente, mas estou tentando tornar a vida o melhor que posso e garantir que ela não perca nada. Fui encaminhada a um conselheiro porque sempre me preocupo se algo está errado e se ela sobreviverá. Isso me custou muito, mas minha mãe está comigo na maioria dos dias e meus amigos me apoiam”, afirmou.

Evie segue em tratamento contra a doença
Evie segue em tratamento contra a doença - Reprodução/Instagram/@evie_cancerjourney

Evie continua seu tratamento contra a doença, enquanto Danielle usa o Instagram para se conectar com outras famílias e fornecer informações sobre retinoblastoma.

O maior temor de Danielle é que Evie perca o olho, mas ela mantém esperanças na eficácia do tratamento. “Se o câncer de Evie escapar do nervo óptico, não teremos escolha a não ser removê-lo. No momento, está contido no olho. As histórias de outras famílias me fizeram sentir menos sozinha. Além disso, eles me deram esperança. Quem sabe onde estaremos daqui a 20 anos? Pode haver transplantes de olhos disponíveis se o paciente tiver um nervo óptico”, comentou.

“Como uma foto pode levar a um diagnóstico tão doloroso? Quero ajudar outros pais também, para que saibam que não estão sozinhos — e procurar o que parece ser uma coisa inocente nas fotos, o que não é”, finalizou a mãe.