BH tem quatro casos confirmados de superfungo que pode ser fatal
Hospital tem quatro casos de infecção pelo superfungo Candida auris, resistente a medicamentos
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou quatro casos de infecção pelo superfungo Candida auris. Os casos foram detectados no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e os pacientes estão isolados e os profissionais seguindo medidas rigorosas de prevenção.
Dois dos quatro pacientes já receberam alta, enquanto outros dois permanecem internados. Além disso, 24 casos suspeitos aguardam o resultado de exames.
O que é o Candida auris?
O Candida auris é um fungo identificado pela primeira vez em 2009 no Japão. Ele se espalha facilmente, colonizando tanto a pele quanto o ambiente, o que dificulta seu controle.
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Devido à sua alta resistência a tratamentos e potencial de causar infecções graves, como infecção na corrente sanguínea, acaba considerado uma séria ameaça à saúde pública.
O Candida auris é particularmente perigoso porque é resistente a vários medicamentos antifúngicos, o que torna o tratamento difícil.
Em alguns casos, ele pode ser fatal, especialmente em pacientes com condições de saúde preexistentes, como diabetes ou sistema imunológico enfraquecido.
Como o superfungo chegou ao Brasil?
O primeiro caso de Candida auris no Brasil acabou sendo confirmado em dezembro de 2020, em um paciente internado na Bahia. Desde então, o país tem registrado surtos esporádicos.
A detecção desse fungo exige exames laboratoriais específicos, já que ele pode ser confundido com outras espécies de leveduras, o que dificulta o diagnóstico precoce e a contenção de sua disseminação.
O fungo pode sobreviver por semanas ou até meses no ambiente, facilitando sua transmissão e tornando necessário o isolamento de pacientes infectados e a intensificação dos protocolos de higiene em ambientes hospitalares.
Quais são os sintomas de uma infecção por Candida auris?
Os sintomas variam dependendo da parte do corpo afetada pela infecção e podem incluir febre e calafrios.
Pacientes que já têm doenças graves ou estão com a imunidade comprometida correm maior risco de complicações.
Afinal, como evitar a transmissão?
A principal forma de evitar a transmissão do Candida auris acaba sendo adotar medidas rigorosas de higiene. No hospital, os pacientes infectados ficam isolados, e profissionais de saúde precisam utilizar luvas, aventais e seguir protocolos de desinfecção constantes.
A limpeza de superfícies em hospitais, como grades de cama e maçanetas, é essencial, pois o fungo pode sobreviver nesses locais por longos períodos. Além disso, lavar as mãos corretamente é fundamental para prevenir a propagação.