Britânico com câncer terminal comete suicídio assistido na Suíça
O empresário Jeffrey Spector, de 54 anos, tinha um tumor inoperável e resolveu cometer suicídio assistido em uma clínica na Suíça. O britânico morreu nesta segunda-feira, seis anos após ter sido diagnosticado com um tumor impossível de ser combatido, que crescia próximo à coluna vertebral. As informações são do Daily Mail.
Jeffrey usou sua última semana de vida para fazer um filme e deixá-lo de recordação para a mulher e suas três filhas. Os médicos já tinham informado ao empresário sobre suas condições, que poderiam levar à paralisia e à morte certa. Então, ele decidiu que “queria estar no controle dos estágios finais de sua vida”, pois tinha medo de ficar paralisado do pescoço para baixo.
Como as leis do Reino Unido não permitem a realização do suicídio assistido, quando a doença começou a piorar e os sintomas ficaram mais fortes, o britânico viajou para a Suíça, onde a prática é liberada.
Em um vídeo gravado antes do procedimento, o empresário relatou: “Eu adiei uma vez para que minha filha pudesse fazer suas provas. Mas eu estava indo ladeira abaixo, e estava muito difícil usar as mãos. Eu não conseguia fazer pressão com meus dedos. Senti que a doença havia cruzado a linha vermelha e eu só estava piorando. Em vez de partir tarde demais, eu prefiro me adiantar. Eu chamo de a melhor pior opção, porque ela é melhor para a minha família, a longo prazo”.
Spector era diretor de empresas de publicidade na cidade de Blackpool, em Lancashire, e passou sua última semana de vida em uma clínica de Zurique, acompanhado por uma equipe de filmagem e sua família.
O empresário descobriu a doença ao fazer uma ressonância magnética e o cirurgião tentou extrair o tumor, mas percebeu que era muito perigoso para o paciente. O câncer continuou a crescer e ele começou a perder os movimentos. Como sabia que era impossível curar-se, visitou a clínica Dignitas e resolveu cometer suicídio assistido.