Bruxismo tem cura? Saiba as causas, sintomas e tratamentos eficazes
O bruxismo, hábito de encostar, apertar ou ranger os dentes, pode impactar não apenas a saúde bucal, mas também a qualidade de vida dos pacientes
Estudos recentes da World Sleep Society revelam que cerca de 30% da população mundial sofre com o bruxismo em 2024.

Esse hábito de encostar, apertar ou ranger os dentes pode impactar não apenas a saúde bucal, mas também a qualidade de vida dos pacientes, devido a sua relação com problemas do sono e dores musculares.
O que é o bruxismo?
A condição é classificada em dois tipos principais: o bruxismo do sono (BS) e o bruxismo em vigília (BV).
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“O bruxismo do sono é considerado um distúrbio de movimento relacionado ao sono, enquanto o bruxismo em vigília ocorre mais frequentemente em momentos de tensão ou concentração, como ao estudar ou usar o computador”, explica a Dra. Fernanda Oliani Marur, coordenadora técnica da Oral Sin.
Quando não controlado, o bruxismo pode causar fraturas nos dentes devido à força excessiva aplicada durante o apertar ou ranger. Esse desgaste constante enfraquece a estrutura dentária, tornando os dentes mais suscetíveis a trincas e até mesmo quebras completas.
Em casos mais graves, essas fraturas podem exigir tratamentos odontológicos mais invasivos, como coroas, restaurações extensas ou até mesmo a necessidade de implantes dentários para substituir dentes irrecuperáveis.
Causas
Apesar de não possuir uma única causa definida, o bruxismo está associado a fatores, como distúrbios do sono, uso de determinados medicamentos e estresse.
No BS, o ranger de dentes geralmente ocorre em crises durante as fases leves do sono, enquanto no BV, os pacientes costumam apertar os dentes em períodos prolongados.
Quais são os sintomas de bruxismo?
Os sinais mais comuns incluem: desgaste dentário, dores ou cansaço na musculatura facial ao acordar, e sensação de cansaço na região da mandíbula.
“A falta de controle pode resultar em perdas severas de estrutura dentária, além de impactar a qualidade de vida devido a noites mal dormidas”, reforça Dra. Marur.
Diagnóstico e tratamento
Embora o bruxismo não tenha cura, o controle é possível e depende de um diagnóstico preciso e acompanhamento especializado. Entre as principais estratégias estão:
- Placas estabilizadoras: dispositivos intraorais rígidos e ajustáveis, indicados especialmente para o bruxismo do sono, que ajudam a proteger os dentes contra o desgaste.
- Mudanças de hábito: melhorar o padrão de sono com ambientes tranquilos, evitar cafeína e criar uma rotina de relaxamento noturno.
- Abordagem interdisciplinar: investigações adicionais podem ser necessárias para tratar fatores associados, como distúrbios respiratórios do sono e estresse.
No caso do bruxismo em vigília, a conscientização sobre o hábito é fundamental para quebrar o ciclo. A prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento também pode ser recomendada.
“A identificação precoce e o correto diagnóstico são essenciais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida. Com acompanhamento profissional, é possível minimizar os danos e restaurar a saúde bucal do paciente”, finaliza a doutora.