Você sente incômodo ao ver certos buracos? Pode ser tripofobia
Saiba o que é a tripofobia, os sintomas mais comuns e quais são as opções de tratamento
A tripofobia é uma forte aversão a padrões repetitivos de buracos ou saliências, especialmente quando são irregulares.

Imagens como favos de mel, sementes, plantas com texturas específicas ou até alimentos como o morango podem provocar reações físicas e emocionais intensas em quem sofre com essa condição.
Embora não esteja oficialmente classificada como transtorno mental, o incômodo é real e pode afetar o cotidiano de quem convive com ela.
Como o corpo reage?
Os sintomas de tripofobia variam de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem reações físicas imediatas e difíceis de controlar. Entre os mais relatados estão:
- náusea;
- coceira e formigamento;
- suor excessivo;
- tremores;
- sensação de nojo;
- aceleração dos batimentos cardíacos;
- desconforto extremo ou até crises de pânico, nos casos mais severos.
Em situações assim, a pessoa pode evitar certos locais, alimentos ou imagens que desencadeiem os sintomas.
Como saber se você tem tripofobia?
Embora não exista um exame clínico específico, há testes de triagem disponíveis online que ajudam a identificar os sintomas mais comuns.
Eles não substituem uma avaliação profissional, mas podem indicar a necessidade de procurar ajuda. Algumas perguntas desses testes incluem:
- Você sente mal-estar ao olhar uma colmeia ou uma fruta com muitos buraquinhos?
- Já deixou de ir a feiras ou praias por medo de encontrar imagens desconfortáveis?
- Tem reações que outras pessoas acham exageradas diante de certos padrões?
O que pode causar esse desconforto?
Ainda não há uma explicação definitiva para a tripofobia, mas há teorias. Uma delas sugere que o cérebro associa padrões irregulares a situações de perigo — como a aparência da pele de animais venenosos ou de doenças infecciosas.
Mesmo sabendo que não há risco real, o corpo reage automaticamente, como se estivesse se protegendo.
Entre os gatilhos mais comuns estão:
- Favos de mel;
- Sementes de lótus;
- Coral marinho;
- Esponjas;
- Certos tipos de alimentos, como chocolate com bolhas de ar.
Tratamento
O tratamento varia conforme o nível de impacto na vida da pessoa. As principais abordagens incluem terapia cognitivo-comportamental; terapia de exposição; e atividades de bem-estar, como exercícios, meditação, yoga. Tudo para reduzir a ansiedade e aumentar o autocontrole.
Além disso, em situações de ansiedade intensa ou ataques de pânico, o psiquiatra pode indicar remédios ansiolíticos ou antidepressivos como apoio à terapia.