Café: Quais são os efeitos colaterais em excesso?

Outras fontes de cafeína incluem refrigerantes, chás, chocolates e energéticos

07/10/2023 23:59

Além do café, outras fontes de cafeína incluem refrigerantes, chás, chocolates e energéticos – iStock/Getty Images
Além do café, outras fontes de cafeína incluem refrigerantes, chás, chocolates e energéticos – iStock/Getty Images - Getty Images/iStockphoto

Principal fonte de cafeína em nossa rotina, o café faz parte da vida dos brasileiros seja por conta do sabor ou por sua propriedade revigorante que ajudam a enfrentar as tarefas do dia a dia.

Mas, assim como para qualquer outra substância, a cafeína, se consumida em excesso, tem efeitos colaterais. Por isso é necessário entender os efeitos da cafeína no corpo, para, a partir disso, determinar um consumo seguro diário e compreender os riscos que o excesso de cafeína trazem para o corpo.

O que é a cafeína?

Cafeína é classificada como um estimulante, devido a propriedades que afetam o sistema nervoso central. Desde sua descoberta, que data do século IX na Etiópia, várias culturas passaram a consumir alimentos e bebidas ricos nessa substância para aumentar a produtividade e ficar mais alerta.

De acordo com  literatura médica, os efeitos dela surgem de sua afinidade com os receptores de adenosina no cérebro. Ou seja, durante o dia, estruturas cerebrais específicas (conhecidas como adenosina) acumulam adenosina, que sinaliza ao corpo que estamos ficando cansados.

Ao consumirmos cafeína, percebemos que ela interage diretamente com os receptores de adenosina no cérebro. Em outras palavras, é como se a adenosina e a cafeína fossem chaves que se encaixam nas mesmas fechaduras.

Com a ingestão da substância com cafeína, suas moléculas rapidamente ocupam os lugares que normalmente seriam preenchidos pela adenosina, evitando a sensação de cansaço e adiando o surgimento do sono. Por isso, quem consome uma dose de cafeína passa a sentir mais disposição, mesmo que por um período limitado.

Existe uma dose recomendável?

Em geral, especialistas indicam que a dose segura para adultos é de 400 miligramas de cafeína por dia. Nessas situações, é improvável que ocorram efeitos colaterais da cafeína. Pelo contrário, várias evidências sugerem que o consumo de algumas fontes de cafeína pode promover a saúde e até prevenir doenças.

Além disso, a quantidade da substância pode variar conforme o tipo de grão, o processamento e o método de preparo. Em média, considera-se que quatro xícaras de café coado representam o limite diário recomendado para um adulto.

Efeitos colaterais da cafeína

Os efeitos colaterais da cafeína podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • dificuldade para dormir: o consumo excessivo de cafeína, especialmente próximo à hora de dormir, pode prejudicar a qualidade do sono e causar insônia;
  • ansiedade e nervosismo: a cafeína é um estimulante que pode aumentar a ansiedade e deixar algumas pessoas mais agitadas ou estressadas;
  • aumento dos batimentos cardíacos e taquicardia: a cafeína pode acelerar o ritmo cardíaco, levando a palpitações e taquicardia em algumas pessoas sensíveis;
  • tremores: em doses elevadas, a cafeína pode causar tremores nas mãos e em outras partes do corpo;
  • irritação estomacal e náusea: algumas pessoas podem experimentar desconforto gastrointestinal, incluindo irritação estomacal e até mesmo náusea;
  • dores de cabeça: embora a cafeína seja usada por muitos como um remédio para dor de cabeça, o consumo excessivo pode, na verdade, desencadear dores de cabeça em algumas pessoas;
  • problemas cardiovasculares e neurológicos: o consumo excessivo e prolongado de cafeína pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares e neurológicos, embora esse efeito não seja tão comum;
  • sintomas de abstinência: quando o consumo regular de cafeína é interrompido abruptamente, algumas pessoas podem experimentar sintomas de abstinência, como irritabilidade, cansaço e dores de cabeça.

Vale lembrar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente à cafeína. É importante atentar para os sinais do seu corpo e moderar ou evitar o consumo caso comece a sentir esses efeitos negativos.

Com informações do site Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein.