Campanha ‘Setembro Amarelo’ busca conscientizar sobre o suicídio

12/09/2016 15:47 / Atualizado em 24/04/2018 15:43

Mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, apesar de ter uma taxa inferior a outros países, foram registrados 11.821 casos em 2012, conforme informou o Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde.

Para ajudar na conscientização e prevenção do suicídio, diversas associações brasileiras se unem desde 2014 para promover o Setembro Amarelo. O objetivo da ação é reunir, durante todo o mês, eventos que ajudem na divulgação e debate sobre o tema. O Catraca Livre também aderiu à iniciativa e alterou o logo no Facebook.

A ação ‘Setembro Amarelo’ quer ajudar na prevenção do suicídio no Brasil
A ação ‘Setembro Amarelo’ quer ajudar na prevenção do suicídio no Brasil - Getty Images/iStockphoto

O mês foi escolhido em referência ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro). Neste ano, diversos monumentos ganharam iluminação amarela como parte da campanha. Também foram feitas ações de rua, como caminhadas, passeios ciclísticos e abordagens em locais públicos das cidades.

Além disso, a iniciativa deu visibilidade para a cartilha de combate ao suicídio, feita pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina. Leia o material neste link.

Suicídio no Brasil

Segundo o site da campanha, é preciso discutir o suicídio como um problema de saúde pública no país, uma vez que o tema ainda hoje é considerado tabu e o número de casos tem aumentado. “As pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas”, diz o texto.

Pelos dados oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e à maioria dos tipos de câncer. A esperança é o fato de que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos.

Por isso, é necessário buscar ajuda e atenção de quem está a sua volta. Um dos canais de apoio é a entidade Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio online no site, pelo telefone 188, via Skype ou por e-mail. O atendimento é feito por voluntários treinados. A conversa é anônima e tem sigilo completo.