Câncer bucal afeta 15 mil por ano; conheça os sinais

Brasil ocupa a 3ª maior incidência da doença no mundo

Herpes persistente requer investigação
Créditos: Ekaterina_Molchanova/istock
Herpes persistente requer investigação

Feridas na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, sangramento repentino, rouquidão e afta persistente podem ser sinais de câncer bucal  e devem ser investigados com atenção.

A estimativa de novos casos de câncer de boca para 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de 14,7 mil.  A doença tem mais incidência em homens acima de 50 anos e costuma ocorrer na parte posterior da língua, mas outras regiões como o assoalho bucal, lábios, bochechas, gengivas, glândulas salivares, amígdala e o céu da boca também podem ser afetadas.

Fumantes e consumidores de bebidas alcoólicas têm mais chances de desenvolver a doença. E assim, como qualquer outro tipo de câncer, quando o diagnóstico é feito no início, as chances de cura são altas, chegam a 80% e o tratamento pode ser feito pelo SUS.

Manter higiene oral e consultas regulares ao dentista é extremamente importante para o diagnóstico precoce do câncer de boca, segundo a oncologista Carolina Fittipaldi, do Centro de Excelência Oncológica, unidade do Grupo Oncoclínicas. “Aliar o conhecimento dos sintomas à realização de cuidados com higiene da boca e consultas regulares ao dentista pode evitar que a doença seja apenas diagnosticada em estágios mais avançados, ajudando a salvar vidas”, explica.

Para detectar estas anomalias, os dentistas utilizam uma microcâmera intraoral que aumenta em até sessenta vezes a imagem da boca do paciente, permitindo ao profissional uma visualização de lesões em estágio inicial, difíceis de serem vistas a olho nu. “Essas imagens fazem muita diferença no diagnóstico dos nossos pacientes, seja para detectarmos simples problemas bucais ou até mesmo, doenças mais graves”, afirma o cirurgião dentista Helio Cano.

Ao notar qualquer um dos sintomas, deve-se consultar um cirurgião-dentista
Créditos: skynesher/istock
Ao notar qualquer um dos sintomas, deve-se consultar um cirurgião-dentista

Os especialistas também lembram que dieta pobre em minerais e vitaminas e a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção nos lábios também são fatores que podem contribuir para o aparecimento da doença.

Tratamento contra o câncer bucal

O tratamento será determinado de acordo com a localização e o estágio da doença. “Cada caso requer um tratamento específico, que pode combinar a cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia e a radioterapia”, esclarece a oncologista do Centro de Excelência Oncológica.

Quando a doença é diagnosticada ainda no início, as chances de sucesso podem chegar a 90% quando o paciente realiza um tratamento adequado. Nos casos em que a doença atinge um estágio avançado, esses índices apontam uma médica de 40%.

Saiba mais sobre o câncer bucal com esse vídeo feito pelo Ministério da Saúde: