Câncer de estômago: 5 sintomas que não devem ser ignorados

Ministério da Saúde prevê 21 mil novos diagnósticos de câncer de estômago até 2025

Os sintomas de câncer de estômago são inespecíficos, alertam estudos sobre o tema – iStock/Getty Images
Créditos: peterschreiber.media/istock
Os sintomas de câncer de estômago são inespecíficos, alertam estudos sobre o tema – iStock/Getty Images

Com previsão de 21 mil casos de câncer de estômago neste triênio (2023 -2025), segundo o Ministério da Saúde, o câncer de estômago ou gástrico é uma doença que não costuma apresentar sinais ou sintomas óbvios em seu estágio inicial. Razão pela qual torna a sua chance de cura mais difícil. 

Segundo pesquisas sobre o tema, o tipo de adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos.  O termo “adenocarcinoma” refere-se a um câncer que se origina nas células glandulares, que normalmente revestem o interior do estômago e produzem muco e outros fluidos estomacais.

As células glandulares são responsáveis por secretar enzimas e ácido gástrico para auxiliar na digestão dos alimentos. Quando essas células sofrem mutações genéticas que levam ao crescimento descontrolado e à formação de tumores malignos, o resultado é o adenocarcinoma de estômago.  Contudo, outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago.

Sintomas de câncer de estômago

  • Perda de peso inexplicável
  • Dor abdominal na parte superior do abdômen 
  • Vômitos frequentes após as refeições
  • Vômito com sangue que muitas vezes pode ser cor de café
  • Fezes pretas ou comumente chamadas de fezes alcatroadas 

Fatores de risco do câncer de estômago

  • Infecção por Helicobacter pylori: a presença desta bactéria no estômago tem sido associada a um maior risco de câncer gástrico; 
  • História familiar: pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram câncer gástrico podem ter um risco aumentado;
  • Idade: o risco de câncer de estômago aumenta com a idade;
  • Sexo: os homens têm uma incidência maior de adenocarcinoma gástrico em comparação com as mulheres;
  • Dieta: dietas ricas em alimentos defumados, em conserva e processados, bem como baixo consumo de frutas e vegetais, têm sido associadas a um aumento do risco; 
  • Em muitos casos também podem ocorrer icterícia, perda de peso, início precoce de diabetes e perda de apetite. Se algum desses sinais estiver presente, é importante procurar atendimento médico.

O diagnóstico geralmente envolve exames como endoscopia, biópsia e exames de imagem. Já o tratamento do câncer de estômago (adenocarcinoma gástrico) depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer, a localização do tumor, a saúde geral do paciente e outras considerações individuais. Geralmente, uma abordagem multidisciplinar é empregada, envolvendo diferentes modalidades de tratamento.

As principais opções de tratamento incluem: 

Terapia-alvo
Alguns casos de câncer de estômago podem responder a medicamentos direcionados a proteínas específicas nas células cancerígenas. Esses medicamentos são chamados de terapias-alvo e são projetados para interromper processos específicos que ajudam as células cancerígenas a crescerem.

Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem que estimula o sistema imunológico do corpo a combater as células cancerígenas. Alguns pacientes com câncer de estômago podem se beneficiar desse tipo de tratamento, especialmente em casos avançados.

Cirurgia
A cirurgia é frequentemente realizada para remover o tumor no estômago. Em alguns casos, pode envolver a remoção parcial do estômago (gastrectomia parcial) ou a remoção completa do estômago (gastrectomia total). Os linfonodos próximos ao estômago também podem ser removidos para avaliar se o câncer se espalhou.

Quimioterapia
O uso de medicamentos quimioterápicos é comum para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A quimioterapia pode ser administrada antes ou após a cirurgia, dependendo do estágio do câncer. Às vezes, é usada para controlar o câncer em estágios avançados.

Radioterapia
A radioterapia usa feixes de radiação para destruir ou danificar as células cancerígenas. Pode ser usada antes da cirurgia para encolher o tumor, após a cirurgia para destruir células cancerígenas restantes, ou como tratamento principal para aliviar sintomas em casos avançados.