Câncer de intestino pode ser detectado pela cor das fezes; saiba como

A aparência das fezes pode fornecer informações valiosas sobre o funcionamento do trato digestivo. Embora variações na cor sejam comuns e possam estar relacionadas à alimentação ou ao uso de medicamentos, alterações persistentes podem indicar problemas de saúde mais sérios, incluindo o câncer de intestino.

A tonalidade normal das fezes é marrom, devido à presença de bile. No entanto, cores como preto, vermelho ou muito claro podem ser sinais de alerta. Acompanhar essas mudanças e buscar orientação médica quando necessário é essencial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

Fezes escuras: possível sangramento no trato digestivo superior

Fezes de coloração preta, com textura pegajosa e odor forte, podem indicar a presença de sangue digerido, uma condição conhecida como melena. Esse sintoma pode estar relacionado a sangramentos no trato digestivo superior, afetando órgãos como o esôfago, estômago ou intestino delgado.

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As causas mais comuns desse sangramento incluem úlceras gástricas, varizes esofágicas ou até mesmo tumores. No entanto, é importante lembrar que o uso de suplementos de ferro e certos medicamentos, como o carvão ativado e alguns anti-inflamatórios, também podem escurecer as fezes sem indicar um problema de saúde grave. Caso a alteração persista e não esteja relacionada a esses fatores, é fundamental procurar um médico.

Fezes avermelhadas: presença de sangue no intestino inferior

Manchas vermelhas nas fezes ou sangue vivo misturado ao material fecal geralmente indicam sangramentos no trato digestivo inferior, como no cólon, reto ou ânus. Esse sintoma pode estar associado a condições como hemorroidas, fissuras anais, diverticulite e, em casos mais graves, câncer de intestino.

Se o sangramento for recorrente ou acompanhado de outros sintomas, como dor abdominal ou perda de peso, um profissional de saúde deve ser consultado para investigação e diagnóstico adequado.

Fezes muito claras: alerta para o sistema biliar

Fezes com coloração muito clara, esbranquiçadas ou parecidas com argila podem indicar problemas no fígado, vesícula biliar ou ductos biliares. Essas estruturas são responsáveis pela produção e transporte da bile, substância essencial para a digestão e a coloração das fezes.

A obstrução dos ductos biliares por cálculos, inflamações ou tumores pode impedir a liberação da bile, resultando nessa alteração na cor. Além disso, doenças hepáticas, como hepatites e cirrose, também podem estar envolvidas. Caso essa mudança ocorra de forma persistente, é recomendável buscar avaliação médica.

Outros sintomas do câncer de intestino

Além das mudanças na cor das fezes, o câncer de intestino pode apresentar outros sinais, como:

• Alteração persistente no hábito intestinal (diarreia ou constipação);
• Perda de peso inexplicável;
• Cólicas abdominais frequentes;
• Sensação de evacuação incompleta;
• Fezes mais finas que o habitual;
• Náuseas, vômitos ou inchaço abdominal.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino é um dos mais comuns no Brasil, com cerca de 44 mil novos casos anuais. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.

Quando procurar um médico?

Mudanças persistentes nas fezes ou no hábito intestinal devem ser avaliadas por um profissional de saúde, especialmente quando acompanhadas de sintomas como dor abdominal e perda de peso sem explicação.

Embora nem toda alteração indique câncer, a prevenção e o monitoramento são essenciais para a saúde digestiva. Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, e adotar hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios, pode ajudar a prevenir problemas intestinais e garantir um bom funcionamento do organismo.

Alho pode ajudar na prevenção do câncer de intestino

Além de observar mudanças na cor das fezes, a alimentação pode ser uma aliada na saúde intestinal. Segundo a matéria da Catraca Livre, o consumo regular de alho pode reduzir o risco de câncer de intestino devido às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Incluir esse alimento na dieta, junto a hábitos saudáveis, pode contribuir para a prevenção da doença. Veja mais aqui!