Cannabis pode reduzir o risco de diabetes, diz estudo

Por que o uso da cannabis medicinal está associada à prevenção da diabetes?

Estudos recentes buscam entender benefícios proporcionados pelo uso da cannabis medicinal no tratamento de doenças como a diabetes tipo 2 – iStock/Getty Images
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Estudos recentes buscam entender benefícios proporcionados pelo uso da cannabis medicinal no tratamento de doenças como a diabetes tipo 2 – iStock/Getty Images

Inúmeras são as pesquisas que investigam os benefícios proporcionados pelo uso medicinal da cannabis. Um deles, de acordo com especialistas, está relacionado à diminuição das chances de desenvolvimento do diabetes tipo 2. É o que mostra estudo realizado pela Universidade de Ciências Médicas de Tabriz, no Irã, ao trazer novos elementos para essa questão.

O estudo, divulgado em agosto na revista científica National Library of Medicine, somou esforços com um time internacional para realizar uma meta-análise de onze estudos, incluindo um total de mais de 478 mil indivíduos.

Cannabis: “efeitos protetores” contra diabetes

Segundo os resultados do experimento, pessoas que fizeram o uso da cannabis medicinal apresentaram chance significativamente menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os autores hipotetizam sobre o potencial da maconha para fornecer “efeitos protetores” contra o desenvolvimento de diabetes. Essa probabilidade, indicada na meta-análise, era “0, 48 vezes menor do que naqueles sem exposição à cannabis”.

Contudo, os pesquisadores também alertaram sobre a necessidade de novos estudos para concluir as evidências obtidas. “Nossa meta-análise fornece as evidências mais atualizadas sobre o vínculo entre uso de cannabis e diabetes tipo 2”, afirmam. Em complemento, sugerem que “diante do aumento do consumo de cannabis e da legalização da maconha, há uma necessidade crescente de estudos longitudinais prospectivos que investiguem os efeitos verdadeiros do consumo de maconha”.

O que é a diabetes tipo 2 e quais são os sintomas?

O diabetes tipo 2 aparece de duas formas: quando o organismo não consegue se adequar adequadamente à insulina   ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.

A doença pode ser controlada com atividade física e  planejamento alimentar, em quadros mais agudos. Já em casos crônicos, exige-se o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Os sintomas podem aparecer tão sutilmente no início da doença que pode ser difícil compreender os sinais de alerta. Alguns sintomas são:

  • fome frequente;
  • sede constante;
  • formigamento nos pés e mãos;
  • vontade de urinar diversas vezes;
  • infecções frequentes na bexiga, rins e pele;
  • feridas que demoram para cicatrizar;
  • visão embaçada.

Fatores de risco aumentam a incidência de diabetes tipo 2:

  • Ingestão insuficiente de grãos integrais;
  • Excesso de arroz refinado e trigo;
  • Consumo excessivo de carne processada.

Voluntários de todos os países incluídos na pesquisa experimentaram um aumento nos casos de diabetes tipo 2 durante o período de avaliação.