Casos de doença cerebral atingirão 25 milhões até 2050; conheça os sinais

Os casos da doença progressiva devem aumentar em 112% em relação aos números registrados em 2021, de acordo com estudo

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
06/03/2025 10:30 / Atualizado em 25/03/2025 09:40

Pesquisadores da Universidade Médica da Capital, em Pequim, China, estimaram que o envelhecimento da população impulsionaria o aumento de casos de Parkinson nos próximos 25 anos. A doença é uma condição neurológica que piora com o tempo.

Sintomas como tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos começam a aparecer quando o cérebro não consegue produzir dopamina suficiente para controlar o movimento. De acordo com a Parkinson’s UK, a condição é a doença neurológica que mais cresce no mundo.

Os cientistas chineses preveem que haverá 25,2 milhões de pessoas no mundo todo com doença de Parkinson até 2050. A análise deles mostrou que o número de casos por 100.000 pessoas deve aumentar em 76% a partir de 2021. 

Pesquisadores dizem que essas projeções “podem servir como um auxílio na promoção de pesquisas em saúde, informando decisões políticas e alocando recursos”.

Detalhes do estudo

Para conduzir sua análise, eles usaram dados do Estudo Global Burden of Disease 2021 para estimar a prevalência da doença de Parkinson em 195 países de 2022 a 2050 e os fatores que impulsionam mudanças nos casos de doença de Parkinson.

Estudo prevê que haverá 25,2 milhões de pessoas no mundo todo com doença de Parkinson até 2050
Estudo prevê que haverá 25,2 milhões de pessoas no mundo todo com doença de Parkinson até 2050 - Silver Place/istock

Eles estimaram que 25,2 milhões de homens e mulheres de todas as idades viverão com a doença de Parkinson daqui a duas décadas e meia, o que representa um aumento de 112% em relação a 2021.

Pessoas que vivem mais provavelmente serão o principal responsável (89%) por esse aumento, embora o crescimento populacional possa ser responsável por 20% do aumento de casos.

Os pesquisadores disseram que os casos seriam mais altos em pessoas com mais de 80 anos, com mais homens afetados do que mulheres. Eles sugeriram que medidas preventivas, como praticar mais exercícios, podem reduzir o número futuro de casos de doença de Parkinson.

Os autores do estudo reforçaram que existe uma necessidade urgente de que pesquisas futuras se concentrem no desenvolvimento de novos medicamentos, técnicas de engenharia genética e terapias de substituição celular que visem modificar o curso da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Sintomas de Parkinson 

O Parkinson é uma doença neurológica progressiva. Isso significa que causa problemas no cérebro e piora com o tempo.  Pessoas com Parkinson não têm dopamina química suficiente no cérebro porque algumas das células nervosas que a produzem pararam de funcionar.

Os sintomas começam a aparecer quando o cérebro não consegue produzir dopamina suficiente para controlar os movimentos adequadamente, geralmente por volta dos 50 anos, mas algumas pessoas podem ver os primeiros sinais na faixa dos 40.

Existem mais de 40 sintomas diferentes associados à doença de Parkinson, mas os mais comuns incluem:

  • Tremores
  • Rigidez (rigidez)
  • Lentidão de movimento
  • Problemas com equilíbrio
  • Problemas leves de memória e pensamento
  • Problemas de sono
  • Dor
  • Ansiedade e depressão
  • Perda do olfato
  • Problemas com a bexiga ou intestinos