Catarata atinge mais mulheres do que homens, diz estudo
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a catarata é a principal causa de cegueira no Brasil (quase 50% dos casos). Em seguida, aparecem o glaucoma (15%) e a retinopatia diabética (7%).
Com maior incidência em mulheres, segundo estudo chinês, a catarata é um problema progressivo que deixa o cristalino todo embaçado, até chegar ao ponto em que a pessoa não enxerga quase nada.
Porém, antes de chegar a este ponto, a qualidade de vida é bastante afetada, principalmente nas atividades diárias, como trabalhar.
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De acordo com o oftalmologista Renato Neves, do Eye Care Hospital de Olhos, é importante prestar atenção em sintomas comuns e consultar um especialista tão logo comecem a surgir ‘nuvens’ embaçando a visão.
Segundo o médico, os principais sintomas da catarata incluem baixa gradual e progressiva da visão; impressão de que os objetos parecem estar amarelados, embaçados ou distorcidos; dificuldade para se locomover à noite ou em ambientes mal iluminados; sensação de ofuscamento da visão na presença de muita claridade; estresse intenso e falta de interesse pelas atividades rotineiras.
Apesar de o principal fator de risco estar relacionado à idade, outras situações podem contribuir para a formação da catarata, como diabetes, trauma ocular, medicamentos de uso contínuo, consumo excessivo de álcool, superexposição ao sol e fumo, entre outros.
Cirurgias
De acordo com o Ministério da Saúde, são realizadas quase 600 mil cirurgias de catarata por ano no Brasil. A intervenção para remoção da catarata, seguida do implante de lentes intraoculares (LIOs), não só possibilita ao paciente voltar a enxergar, como ainda rejuvenesce a visão e aumenta a segurança na locomoção.
A técnica mais utilizada para o tratamento da catarata ainda é a facoemulsificação – pequena cirurgia que remove a doença. O paciente recebe anestesia tópica, à base de colírios, e depois disso é feita uma incisão em degrau de cerca de dois milímetros na esclera (parte branca do olho) ou na córnea clara (no limite entre a córnea e a esclera). Com o ultrassom, a catarata é fracionada em partículas microscópicas e, posteriormente, aspirada. Na sequência, é implantada uma lente intraocular (LIO).
Outra técnica que vem ganhando espaço é o uso do laser de femtossegundo, que garante mais precisão em cada uma das etapas envolvidas na cirurgia. “Enquanto na cirurgia tradicional a incisão na córnea é feita manualmente, nesse procedimento as estruturas do olho são analisadas por um tomógrafo de coerência óptica tridimensional e as incisões e a fragmentação da catarata são realizadas com uso do laser, garantindo uma recuperação mais rápida para os pacientes”, diz o especialista.