Entenda processo que acontece no cérebro dos homens entre 7h e 20h
Para desvendar o enigma, os cientistas realizaram uma verdadeira maratona de ressonâncias magnéticas em um jovem de 26 anos
Imagine seu cérebro como um balão: ao longo do dia, ele infla e desinfla em um ritmo misterioso. É exatamente isso que um estudo fascinante, publicado na renomada The Journal of Neuroscience, revelou sobre o cérebro dos homens. Entre 7h e 20h, o volume cerebral masculino pode encolher impressionantes 70%.
Os culpados? Hormônios esteroides como testosterona, cortisol e estradiol, cujas oscilações diárias comandam essa surpreendente metamorfose.
Desvendando o cérebro dos homens
Para desvendar o enigma, os cientistas realizaram uma verdadeira maratona de ressonâncias magnéticas em um jovem de 26 anos, analisando seu cérebro 40 vezes ao longo de 30 dias. Os horários escolhidos, 7h e 20h, coincidiram com os extremos das flutuações hormonais: pico pela manhã e queda à noite.
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A descoberta foi reveladora. Quando os níveis hormonais estão elevados, o cérebro “cresce”. Já quando esses níveis despencam, o volume cerebral diminui.
Essa dança diária não é apenas curiosa – ela destaca uma conexão intrigante entre os ciclos hormonais e as mudanças estruturais no cérebro masculino.
Mas e o cérebro feminino?
Embora as mulheres também passem por variações hormonais ao longo do dia, seus ciclos tendem a ser mais graduais, modulados pelas flutuações do ciclo menstrual, segundo um dos autores do estudo.
Áreas do cérebro mais afetadas
Essa dança hormonal afeta principalmente a espessura do córtex – a camada externa do cérebro – com os córtices occipital e parietal liderando o encolhimento. A matéria cinzenta, rica em neurônios e conexões, também sofre redução, perdendo cerca de 0,6% de seu volume original.
Outras regiões mais distantes, como o cerebelo (responsável pelo equilíbrio e coordenação motora), o tronco cerebral (que conecta o cérebro ao resto do corpo) e partes do hipocampo (onde nossas memórias são processadas), também entram na dança.
Apesar dessas descobertas, ainda há muito a explorar. A relação exata entre a queda hormonal e as mudanças cerebrais permanece um quebra-cabeça incompleto, abrindo novas fronteiras para a ciência do cérebro humano.
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