Cérebro Saudável: Por que esta dieta é cientificamente associada à prevenção do Alzheimer
Padrão alimentar é naturalmente rico em antioxidantes, gorduras monoinsaturadas e compostos anti-inflamatórios
Um estudo de grande porte publicado recentemente na revista científica BMC Medicine trouxe novas evidências sobre o impacto da alimentação na saúde cerebral.
De acordo com os pesquisadores, a adesão à dieta mediterrânea pode reduzir significativamente o risco de desenvolver demência — incluindo o Alzheimer — em até 23%, mesmo entre pessoas com predisposição genética à doença.
A demência é uma condição neurodegenerativa progressiva que compromete a memória, o raciocínio e outras funções cognitivas. Ela afeta milhões de pessoas no mundo e ainda não tem cura. Entre os fatores de risco conhecidos, estão a idade avançada e a genética, que são incontroláveis. No entanto, o novo estudo reforça que mudanças no estilo de vida, especialmente na alimentação, podem ser determinantes na prevenção da doença.
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O que é a dieta mediterrânea?
Baseada nos hábitos alimentares tradicionais de países banhados pelo Mar Mediterrâneo, como Grécia, Itália e Espanha, a dieta mediterrânea é reconhecida por seu perfil nutritivo equilibrado. Ela privilegia:
- Frutas e vegetais frescos
- Leguminosas e oleaginosas (como nozes e amêndoas)
- Cereais integrais
- Peixes e frutos do mar
- Azeite de oliva como principal fonte de gordura
Esse padrão alimentar é naturalmente rico em antioxidantes, gorduras monoinsaturadas e compostos anti-inflamatórios, substâncias que contribuem para a saúde do cérebro e a manutenção do fluxo sanguíneo cerebral.

Estudo analisou mais de 60 mil idosos no Reino Unido
A pesquisa acompanhou cerca de 60 mil britânicos com 60 anos ou mais ao longo de um período médio de nove anos. Os participantes responderam a questionários alimentares detalhados, e sua adesão à dieta mediterrânea foi avaliada com base em dois índices nutricionais reconhecidos.
Os resultados foram claros: os indivíduos que mais se aproximavam do padrão alimentar mediterrâneo apresentaram uma redução de até 23% no risco de desenvolver qualquer forma de demência. O efeito protetor foi observado inclusive entre portadores do gene APOE ε4 — um dos principais fatores genéticos associados ao Alzheimer.
Por que a dieta mediterrânea protege o cérebro?
Segundo os cientistas, alimentos como peixes, vegetais folhosos, azeite e frutas contêm nutrientes essenciais para a função cognitiva, incluindo vitaminas do complexo B, ácidos graxos ômega-3 e polifenóis. Essas substâncias ajudam a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação cerebral — processos ligados ao acúmulo de proteínas neurotóxicas, como a beta-amiloide, uma das marcas registradas do Alzheimer.
Além disso, há indícios de que essa dieta contribua para a preservação da integridade estrutural do cérebro, retardando a atrofia de áreas responsáveis pela memória e pelo aprendizado.
Estratégia simples em benefício da sua saúde
Embora ainda não exista um tratamento definitivo para a demência, os resultados deste estudo reforçam a importância de medidas preventivas baseadas na alimentação. A adoção da dieta mediterrânea surge como uma estratégia simples, acessível e eficaz para preservar a saúde cognitiva ao longo do envelhecimento.
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