Chá azul ganha popularidade entre os maiores de 40 por seus benefícios à saúde

Rico em antioxidantes, o chá azul tem conquistado quem busca mais disposição, foco e bem-estar a partir da meia-idade

Por Clara Figueiredo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
23/06/2025 23:01

Apesar de ser seguro para a maioria das pessoas, é importante garantir a procedência das flores — sempre de fornecedores confiáveis
Apesar de ser seguro para a maioria das pessoas, é importante garantir a procedência das flores — sempre de fornecedores confiáveis - iStock/ Geshas

Com a busca crescente por alternativas naturais que promovam saúde e bem-estar, o chá azul tem ganhado notoriedade — especialmente entre pessoas com mais de 40 anos. Produzido a partir das flores da planta Clitoria ternatea, também conhecida como ervilha-borboleta, ele alia um sabor suave a efeitos terapêuticos reconhecidos na medicina tradicional asiática. Sua coloração vibrante, um azul profundo, não é apenas esteticamente marcante: ela reflete a presença de antocianinas, poderosos antioxidantes com ação protetora sobre o cérebro.

Calmante natural e aliado do sono

Um dos maiores atrativos do chá azul está no seu efeito calmante sobre o sistema nervoso. Estudos mostram que seus compostos bioativos ajudam a reduzir a ansiedade e a criar um ambiente propício ao descanso, favorecendo um sono mais profundo e restaurador.

Por não conter cafeína, ele pode ser consumido à noite sem interferir no ciclo do sono, sendo uma excelente opção para quem sofre de insônia ou enfrenta rotinas estressantes. Os flavonoides presentes na bebida ainda ajudam a combater o estresse oxidativo, promovendo uma sensação de equilíbrio logo após o consumo.

Saúde cerebral e longevidade cognitiva

Após os 40 anos, manter a mente ativa e saudável torna-se uma prioridade. O consumo regular do chá azul pode contribuir nesse processo, graças à sua capacidade de estimular a circulação sanguínea cerebral, melhorando a oxigenação e o desempenho dos neurônios.

Pesquisas sugerem que seus compostos favorecem a neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de se adaptar e formar novas conexões —, além de atuarem na prevenção de doenças neurodegenerativas como Alzheimer. Isso ocorre devido ao efeito anti-inflamatório e à redução do acúmulo de placas beta-amiloides, fatores associados ao declínio cognitivo.

Como preparar e consumir com segurança

Preparar o chá azul é simples e pode fazer parte de uma rotina de autocuidado. Basta ferver 250 ml de água, adicionar de 5 a 10 flores secas da Clitoria ternatea, deixar em infusão por até 10 minutos e coar. A bebida pode ser servida quente ou gelada e, se desejado, pode receber um toque de limão, gengibre ou mel. O ideal é consumir uma a duas xícaras por dia.

Apesar de ser seguro para a maioria das pessoas, é importante garantir a procedência das flores — sempre de fornecedores confiáveis — e buscar orientação médica antes do uso contínuo, especialmente em casos de doenças crônicas ou uso de medicamentos.

Os flavonoides presentes na bebida ainda ajudam a combater o estresse oxidativo, promovendo uma sensação de equilíbrio logo após o consumo
Os flavonoides presentes na bebida ainda ajudam a combater o estresse oxidativo, promovendo uma sensação de equilíbrio logo após o consumo - iStock/ Igor Fursa

Por que incluir o chá azul na rotina?

O chá azul une tradição, beleza e benefícios concretos à saúde. Seja como um calmante natural, um tônico cerebral ou uma pausa relaxante no dia a dia, ele pode se tornar um hábito prazeroso e funcional. Seus principais benefícios incluem:

  • Redução da ansiedade e melhora do sono;
  • Apoio à memória e à função cognitiva;
  • Ação antioxidante contra o envelhecimento celular;
  • Facilidade de preparo e versatilidade.

Integrado com moderação e atenção, o chá azul representa um pequeno gesto diário com grande impacto no bem-estar físico e mental.