Ciclotimia: o transtorno que leva da animação à tristeza em instantes

A ciclotimia é um transtorno de humor caracterizado por oscilações constantes entre períodos de euforia e momentos de tristeza ou desânimo, mas de forma menos intensa que no transtorno bipolar.

Esse quadro faz parte do espectro da bipolaridade, sendo considerado uma versão mais leve, embora ainda tenha impactos relevantes.

De acordo com especialistas, a ciclotimia acomete entre 0,5% e 1% da população e costuma ser diagnosticada principalmente em adultos jovens, com maior prevalência entre mulheres.

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Apesar de ser menos grave que a bipolaridade, a ciclotimia não deve ser subestimada, pois pode afetar o equilíbrio emocional e a qualidade de vida dos pacientes.

Como a ciclotimia afeta o humor?

As mudanças de humor na ciclotimia são caracterizadas por fases de hipomania e de leve depressão.

Durante a hipomania, a pessoa pode se sentir mais animada, confiante, produtiva e até impulsiva, além de dormir menos e socializar com mais intensidade. Já nos períodos de baixa, surgem sintomas depressivos leves, como desânimo, baixa autoestima, cansaço e perda de interesse por atividades antes prazerosas.

Essas oscilações são menos intensas do que as do transtorno bipolar, mas mesmo assim podem impactar a rotina e os relacionamentos.

Fatores como estresse, término de um relacionamento, perda de um ente querido, abstinência de álcool e outras substâncias podem desencadear ou agravar esses altos e baixos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da ciclotimia é clínico e realizado por um psiquiatra. Esse profissional avalia a frequência e intensidade das oscilações de humor, além de descartar outras condições psiquiátricas com sintomas semelhantes, como o transtorno bipolar e o transtorno de personalidade borderline.

A ciclotimia pode ser subdiagnosticada, já que algumas pessoas convivem com as oscilações sem impacto significativo na vida pessoal e, em outros casos, o transtorno é confundido com outras condições.

O tratamento da ciclotimia geralmente inclui psicoterapia e, em alguns casos, o uso de estabilizadores de humor, em doses menores que as usadas para o transtorno bipolar. Ter sono regular, alimentação saudável, praticar atividades físicas e evitar o consumo de álcool são hábitos recomendados para estabilizar o humor.

Em casos leves, é possível que o paciente consiga manter o controle das oscilações apenas com o acompanhamento psicológico e mudanças no estilo de vida, sem necessidade de medicação.

Quando procurar ajuda?

Procurar ajuda é importante caso as oscilações de humor comecem a impactar a vida social, familiar ou profissional, ou quando surgem sinais de tristeza constante ou comportamentos impulsivos.

Identificar os sintomas precocemente e buscar apoio de um profissional de saúde mental pode evitar que as oscilações se intensifiquem.