Ciência responde: qual a relação entre cochilos e pressão alta?

Um estudo chinês publicado pela revista Hypertension da American Heart Association revela que, aqueles que cochilam regularmente, podem ter maior propensão a quadros de hipertensão e derrames.  

Para entender a relação, aproximadamente 360 mil pessoas, sem histórico de hipertensão ou derrame, foram observadas ao longo de 11 anos.

Durante o experimento, os pesquisadores coletaram informações sobre a saúde e estilo de vida dos participantes, incluindo questionários periódicos sobre a frequência com que tiravam cochilos.

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Em uma segunda etapa da avaliação, os voluntários foram divididos em três grupos conforme seus hábitos: nunca ou raramente cochilavam; cochilavam ocasionalmente; ou cochilavam com regularidade.

Cochilo e pressão alta: o que diz a ciência?

Comparando-se aos que raramente cochilavam, os participantes que tinham o hábito frequente de cochilar apresentaram um risco 12% maior de desenvolver pressão alta e um risco 24% maior de sofrer um derrame. A maioria dos participantes manteve o mesmo padrão de cochilo ao longo do estudo.

No entanto, entre aqueles que passaram a cochilar mais com o passar do tempo (mudando de “nunca” para “às vezes”, ou de “às vezes” para “normalmente”), o risco de hipertensão aumentou em 40%.

Mas qual seria a explicação?

Para os especialistas, os cochilos em si provavelmente não são o verdadeiro problema. De acordo com demais estudos sobre o tema, o que acontece é que muitas pessoas cochilam como consequência de noites mal dormidas, e a falta de sono adequado é um fator de risco já bem estabelecido para hipertensão e problemas cardíacos.
 

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