Cientistas dão dicas para evitar o câncer de intestino

Quarta maior causa de câncer no Brasil, câncer de intestino tem chamado a atenção de especialistas

Ainda é fundamental a conscientização das pessoas sobre a importância da prevenção do câncer de intestino, cada vez mais frequente no Brasil – iStock/Getty Images
Créditos: RyanKing999/istock
Ainda é fundamental a conscientização das pessoas sobre a importância da prevenção do câncer de intestino, cada vez mais frequente no Brasil – iStock/Getty Images

O câncer de intestino está em 4º lugar entre os mais comuns no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama, próstata e pele, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Hoje, a doença é responsável por cerca de 20 mil mortes ao ano em território brasileiro.

O câncer de intestino tem forte relação com os hábitos de vida. Cerca de 80% dos casos da doença estão ligados ao tabagismo, alimentação inadequada, consumo de álcool, obesidade, sedentarismo e consumo elevado de carne vermelha e processada. 

Os fatores hereditários também contribuem, como histórico familiar, a polipose adenomatosa e condições crônicas, como a doença inflamatória intestinal e o diabetes tipo 2.

 Como evitar ter câncer de intestino?

A prevenção mais eficaz contra tumores no intestino é a manutenção de um estilo de vida saudável, evitando práticas prejudiciais ao órgão. Contudo, pesquisas mais recentes destacam outros comportamentos que podem ajudar a prevenir a doença. Dentre eles:

  • ingestão de probióticos;
  • adoção de uma dieta vegetariana;
  • uso de anti-inflamatórios.

Para os especialistas, iniciativas como a adoção de uma dieta vegetariana bem planejada podem contribuir para uma diminuição na incidência de tumores no intestino, uma vez que carnes processadas (embutidos, carne de sol), que são altamente cancerígenas, não fazem parte de tal regime alimentar.

Outras formas de prevenir o câncer colorretal, segundo o Mistério da Saúde, incluem:

  • alimentação saudável e equilibrada, incluindo frutas, cereais integrais, legumes e verduras; 
  • evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente carnes processadas, como presunto, mortadela, bacon, linguiça, salsicha e outros embutidos;
  • prática regular de atividade física;
  • manter o peso adequado; 
  • beber pelo menos dois litros de água por dia;
  • reduzir o consumo de carnes vermelhas;
  • manter o peso adequado;
  • reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
  • Dieta saudável e rotina de exames

Especialistas ressaltam, no entanto, que não existe algo mágico que possa evitar a doença, mas sim um conjunto de hábitos que, quando adotados, podem fazer toda a diferença. Isso porque, além de um estilo de vida saudável, é essencial fazer rotinas de check-up da saúde intestinal periódicas para fortalecer a prevenção do câncer de intestino. 

Sintomas da doença?

O câncer costuma ser curável quando detectado precocemente. Ele abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), no reto (final do intestino) e no ânus. Os sinais e sintomas mais comuns desta doença são:

  • presença de sangue nas fezes; 
  • dor e cólica abdominal frequente de longa duração;
  • alteração de ritmo intestinal;
  • perda de peso rápida e não intencional;
  • anemia;
  • cansaço e fraqueza.

Câncer de intestino tem cura?

A gravidade da doença depende do tamanho do câncer, se ele se espalhou e de saúde geral do paciente.  O rastreamento do câncer de intestino pode detectar o câncer de intestino precocemente, o que pode significar que é mais fácil de tratar. 

Em estágios iniciais, o tratamento do câncer de intestino pode envolver cirurgia para remover o tumor, muitas vezes seguida por quimioterapia ou radioterapia, para eliminar células cancerígenas restantes e prevenir a recorrência.

Em estágios mais avançados, o tratamento pode ser mais complexo e pode incluir uma combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia direcionada e imunoterapia, dependendo da extensão do câncer e se ele se espalhou para outras partes do corpo.

É importante ressaltar que há tratamento mesmo em estágios avançados, o que permite que muitas pessoas vivam por muitos anos após o diagnóstico.

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e detectar qualquer recorrência do câncer o mais cedo possível.