Clover: a vacina que se mostrou 100% eficaz em casos graves de Covid
Os resultados foram enviados para Anvisa, uma nova reunião sobre o imunizante deve acontecer em breve
Com estudos de fase 3 da vacina Clover, fabricada pela empresa chinesa Sichuan Clover Biopharmaceutical, é possível afirmar que 100% de eficácia em casos graves de Covid-19, isso se abrange para qualquer cepa que esteja circulando do novo coronavírus. Já a eficácia para casos leves e moderados foi de 84%, sendo que 79% é da Delta e 92% da Gama, duas variantes que já foram identificadas no Brasil.
A pesquisa começou em março de 2020 e já foi realizada em mais de 30 mil pessoas vonluntárias de cinco países, inclusive com o Brasil. Os resultados foram encaminhados para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma reunião provavelmente deve ocorrer nos próximos dias.
Em entrevista ao site O Globo, a coordenadora dos testes no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, falou que além da alta eficácia, a nova vacina poderá atuar contra as principais variantes que preocupam o país.
- Estudo aponta relação do autismo com cordão umbilical
- Onde explorar a riquíssima gastronomia portuguesa em Lisboa?
- Mais do que tempero, alecrim é eficiente para memória e muito mais
- Autismo: saiba motivo que leva ao aumento expressivo de casos da doença
“Isso é importante porque, no geral, as vacinas foram desenvolvidas para mostrar eficácia contra a cepa original. Todos os casos positivos que surgiram ao longo do estudo foram sequenciados e não foi detectado nenhum da cepa original, em nenhum país. Isso mostra que essa ela foi substituída a nível mundial em apenas um ano”, afirma Clemens, que é chefe do comitê científico da Fundação Bill e Melinda Gates, docente de Oxford, diretora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo.
Já dos casos positivos, 38% foram provocados pela variante Delta, 25% pela MU, 9% pela Gama e 8% pela beta, entre outros.
A vacina da Clover é recombinante da proteína S do Sars-CoV-2, aplicada em duas vezes com intervalo de 22 dias. Sua submissão já teve início na Europa, junto à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Caso seja aprovada, esse ano, será a primeira usando essa tecnologia na Europa.