Como a luz do sol pode mudar o seu humor, sono e energia, segundo a ciência

A luz natural não é apenas uma questão de claridade: é um elixir diário que afeta diretamente nossa forma de viver, pensar e sentir

Por André Nicolau em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
11/04/2025 16:00 / Atualizado em 25/04/2025 08:52

A luz natural não é apenas uma questão de claridade: é um elixir diário que afeta diretamente nossa forma de viver, pensar e sentir – iStock/andresr
A luz natural não é apenas uma questão de claridade: é um elixir diário que afeta diretamente nossa forma de viver, pensar e sentir – iStock/andresr - iStock/andresr

Pense em um remédio invisível, sem bula, sem contraindicações e absolutamente gratuito. Um elemento silencioso, mas poderoso, que atua nos bastidores do seu bem-estar. Essa “poção mágica”? Chama-se luz do sol — e ela é muito mais do que simples claridade: é um verdadeiro maestro do seu corpo e mente.

Desde o primeiro raio da manhã até o crepúsculo dourado, a luz do sol afina os instrumentos da nossa orquestra biológica. Ao tocar nossos olhos, desencadeia uma cascata de reações químicas que despertam o cérebro, regulam nosso relógio interno e coordenam ritmos vitais como sono, energia e humor. Por trás dessa sinfonia, estão os chamados genes do relógio, os engenheiros ocultos do nosso funcionamento diário.

E não para por aí: a luz do dia é também uma artista da felicidade. Ela estimula a produção de serotonina — o famoso “neurotransmissor do bem-estar” — e, por isso, dias ensolarados têm o poder de nos deixar mais leves, mais vivos, mais inteiros. Já nas longas sombras do inverno, a ausência desse brilho pode mergulhar algumas pessoas em um estado de apatia ou tristeza profunda, conhecido como depressão sazonal. Um lembrete de que somos, sim, criaturas moldadas pela luz.

Mas como todo bom enredo, nem tudo é previsível. Para alguns, o verão traz euforia em vez de alívio; para outros, a primavera vem com uma inquietação inexplicável. O impacto da luz do sol varia de alma para alma, revelando o quanto cada ser humano carrega uma resposta única a essa dança luminosa.

E o vilão? Está na sua sala.

Enquanto a luz natural é bálsamo, a artificial — especialmente à noite — pode virar antagonista. Telas brilhantes e lâmpadas intensas enganam o cérebro, atrasam a produção de melatonina (o hormônio do sono) e transformam o repouso em insônia, a calma em ansiedade.

Vivemos em uma era onde as luzes raramente se apagam, e isso cobra um preço: noites mal dormidas, cansaço acumulado e um emocional à flor da pele. Para quem já é sensível, os efeitos são ainda mais intensos. Mas calma — a saída não é fugir para o campo (a não ser que você queira!). A chave está no equilíbrio inteligente.

Como transformar a luz em aliada:

✨ Comece o dia com o sol: Abra as janelas, dê uma volta no quarteirão, respire a manhã. Seu corpo agradece — e seu humor também.

🌙 Diminua o ritmo ao anoitecer: Telas no modo noturno, luzes mais quentes e suaves: isso ajuda seu cérebro a entender que o descanso está chegando.

⏰ Honre seu relógio interno: Manter horários consistentes de sono é como dar um presente diário à sua saúde mental.

A luz natural não é apenas uma questão de claridade: é um elixir diário que afeta diretamente nossa forma de viver, pensar e sentir.

Ao redescobrirmos esse recurso tão básico e ao mesmo tempo tão extraordinário, nos damos a chance de viver com mais presença, equilíbrio e vitalidade.

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