Como a PrEP pode ajudar na prevenção ao HIV em populações vulneráveis

Estudo publicado na Lancet confirma a eficácia do medicamento PrEP na prevenção ao HIV em populações de risco

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
21/02/2025 06:19

Estudo mostra viabilidade de medicamento no combate ao HIV
Estudo mostra viabilidade de medicamento no combate ao HIV - egorovartem/DepositPhotos

Um estudo recente, publicado na revista The Lancet HIV, demonstrou que a oferta imediata do medicamento de profilaxia pré-exposição (PrEP) é viável no Brasil, com baixa taxa de abandono no acompanhamento. A pesquisa, realizada entre 2018 e 2021, envolveu mais de 9.500 participantes do Brasil, México e Peru, e confirmou que a adesão à PrEP e a retenção no tratamento a longo prazo são elevadas, especialmente em populações vulneráveis.

Eficácia da PrEP em populações vulneráveis

O estudo focou em homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres trans, grupos mais afetados pela pandemia de HIV e AIDS na América Latina. A pesquisa revelou que, apesar de uma adesão ligeiramente menor entre os mais jovens, a incidência de HIV foi significativamente reduzida, especialmente em indivíduos com boa adesão ao tratamento.

A pesquisa também destacou a importância de considerar os determinantes sociais e estruturais que influenciam a exposição ao HIV, como fatores econômicos e sociais que impactam o acesso e a continuidade do tratamento.

Parcerias fortalecem a implementação da PrEP no Brasil e na América Latina

O projeto ImPrEP, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com várias entidades internacionais, foi fundamental para a viabilização da distribuição da PrEP diária nos três países. O estudo serve como base para iniciativas similares na América Latina e contribui para a ampliação das políticas de prevenção ao HIV.

Primeiros sintomas do HIV

Os primeiros sintomas do HIV podem ser semelhantes a uma gripe, como febre, dor de garganta e cansaço excessivo. Aparecem geralmente de 2 a 4 semanas após a exposição ao vírus. Reconhecer esses sinais precocemente é essencial para o diagnóstico e tratamento adequado, evitando complicações. Clique aqui para saber mais.