Como evitar demência: estudo de Oxford aponta 7 fatores controláveis

Mudanças no estilo de vida podem reduzir em 40% os riscos de demência. Saiba mais sobre a pesquisa de Oxford

06/02/2025 05:01

Alimento que ajuda a prevenir demência
Alimento que ajuda a prevenir demência - Getty Images

O estilo de vida tem impacto direto no risco de desenvolver demência. Estudo da Universidade de Oxford aponta os fatores modificáveis mais importantes.

Crescimento do número de casos de demência preocupa especialistas

Com o envelhecimento da população, a demência, especialmente a doença de Alzheimer, se tornou um problema crescente de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta um aumento de mais de 150% nos casos até 2050, o que torna urgente a busca por formas de prevenção.

Mas será que a demência pode ser evitada? A resposta parece depender de mudanças no estilo de vida. De acordo com um estudo realizado por cientistas da Universidade de Oxford, o risco de desenvolver a doença pode ser reduzido através de alterações em hábitos cotidianos.

Como estilo de vida pode reduzir o risco de demência

A pesquisa revelou que, embora não seja possível eliminar completamente o risco de demência, cerca de 40% dos casos da doença podem ser atribuídos a fatores que podem ser modificados. Publicada na revista BMJ Mental Health, a análise abrangeu dados de dois estudos de longa duração, o UK Biobank e o Whitehall II Study, com 223,7 mil participantes entre 50 e 73 anos.

Os pesquisadores investigaram 28 fatores que impactam o desenvolvimento da demência, identificando 11 deles como principais causadores ao longo de um período de 14 anos. Embora alguns fatores, como idade avançada, histórico familiar de demência e o sexo masculino, não possam ser alterados, há outros que podem ser modificados, oferecendo oportunidades de intervenção precoce.

7 Fatores modificáveis que ajudam a prevenir a demência

Entre os fatores de risco controláveis, os cientistas destacaram:

  • Falta de educação ou estímulos cognitivos ao longo da vida: A ausência de atividades que incentivem a mente pode aumentar o risco de demência.
  • Diabetes: A condição metabólica está associada ao aumento do risco de declínio cognitivo.
  • Sintomas depressivos: A depressão pode ser um indicativo ou um fator agravante para a demência.
  • Baixa classe socioeconômica: A falta de recursos financeiros pode dificultar o acesso a cuidados e à prevenção.
  • Colesterol alto: Níveis elevados de colesterol aumentam a probabilidade de doenças cardiovasculares, que estão ligadas ao risco de demência.
  • Viver sozinho: A solidão tem sido associada ao maior risco de várias doenças, incluindo a demência.
  • Pressão alta: A hipertensão contribui para danos cerebrais e pode facilitar o desenvolvimento da doença.

    Embora a mudança desses fatores não garanta a erradicação da demência, ela é uma estratégia preventiva importante. Com base nessa pesquisa, especialistas acreditam que a compreensão e a intervenção precoce podem auxiliar no combate à doença.

 

Medicamentos que elevam o risco de demência

Estudos recentes indicam que o uso prolongado de certos medicamentos pode aumentar significativamente o risco de demência. Medicamentos anticolinérgicos, comuns em tratamentos de insônia, alergias e depressão, estão entre os principais responsáveis. Especialistas alertam para a necessidade de revisão e alternativas terapêuticas mais seguras. Clique aqui para saber mais.