Como hábitos diários podem influenciar o risco de demência

Conheça os hábitos que aumentam o risco de demência e entenda como mudá-los pode fazer a diferença

Por Thatyana Costa em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
24/10/2024 18:20 / Atualizado em 27/10/2024 12:07

Redução em apenas 15% na prevalência desses hábitos já seria o suficiente para evitar milhares de casos demência, aponta pesquisa.
Redução em apenas 15% na prevalência desses hábitos já seria o suficiente para evitar milhares de casos demência, aponta pesquisa. - iSTock/Jacob Wackerhausen

Um estudo conduzido pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelou treze hábitos que podem aumentar o risco de demência.

Metade desses fatores está relacionada a comportamentos e estilos de vida que podem ser evitados, apontando para uma oportunidade significativa de prevenção da doença.

A pesquisa sugere que uma redução de apenas 15% na prevalência desses hábitos poderia evitar “dezenas de milhares de casos” de demência nos últimos anos. Por exemplo, uma diminuição de 15% na obesidade poderia ter levado a uma redução aproximada de 182.100 diagnósticos de demência em 2020, ressaltando a importância de um estilo de vida saudável.

Estratégias de prevenção da demência

Os pesquisadores destacam a necessidade de implementar políticas públicas que incentivem práticas preventivas, especialmente entre pessoas de meia-idade.

A redução da obesidade, a hipertensão e a promoção de atividades físicas foram identificadas como medidas essenciais. Esses três fatores de risco estão intimamente ligados à maioria dos casos de demência nos Estados Unidos, apontando áreas específicas onde intervenções podem ter um impacto significativo.

Método de pesquisa e fatores associados

O estudo baseou suas conclusões em riscos relativos e estimativas de prevalência do relatório da comissão Lancet.

Os hábitos que aumentam o risco de demência incluem baixa escolaridade, perda de audição, traumatismo craniano, hipertensão, consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabetes e poluição do ar.