Como o diabetes pode causar dor e rigidez no ombro

O diabetes é uma doença crônica com potencial para afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, muitas vezes de maneira silenciosa. Entre as complicações menos conhecidas, mas que afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, está a capsulite adesiva, também chamada de “ombro congelado”.

Caracterizada por dor intensa e progressiva rigidez no ombro, essa condição é mais comum em pessoas com diabetes — e pode levar à limitação quase total dos movimentos da articulação.

Por que o ombro congelado afeta mais os diabéticos?

A capsulite adesiva ocorre quando a cápsula articular do ombro inflama, espessa e enrijece, diminuindo o espaço para os movimentos e comprometendo a lubrificação natural da articulação. Esse processo é potencializado pelo controle inadequado da glicemia, comum em pessoas com diabetes.

Pesquisas apontam que diabéticos têm até cinco vezes mais chances de desenvolver ombro congelado em comparação à população sem a doença. Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 estão relacionados a essa complicação.

A glicose elevada no sangue provoca alterações nos tecidos conjuntivos e nas articulações, especialmente por meio da glicação de proteínas, um processo que interfere na elasticidade e favorece o surgimento de inflamações.

Outros fatores que aumentam o risco de capsulite adesiva em pessoas com diabetes incluem:

Neuropatia diabética: a deterioração dos nervos compromete a percepção da dor e os reflexos protetores do corpo;
Inflamação sistêmica: o diabetes promove um estado inflamatório crônico, que pode afetar diversas articulações;
Má circulação: o fluxo sanguíneo reduzido compromete a nutrição dos tecidos, favorecendo a rigidez articular.
Cuidar bem do controle glicêmico é essencial não apenas para evitar complicações cardiovasculares, renais ou oftalmológicas, mas também para preservar a saúde articular e a mobilidade. Em caso de dor persistente no ombro, especialmente acompanhada de rigidez, é fundamental buscar avaliação médica.

Diabetes: sintoma e tratamento em foco

A diabetes manifesta-se por sede excessiva, fadiga e urina frequente. O diagnóstico precoce é vital. O tratamento inclui controle alimentar, exercícios regulares e, em muitos casos, uso de insulina. A adesão ao plano médico previne complicações graves. Educação contínua é essencial para qualidade de vida e bem-estar. Clique aqui para saber mais.