Como reconhecer os sinais iniciais do Parkinson e buscar ajuda a tempo?

A doença de Parkinson vai além dos tremores, com sintomas como rigidez e dificuldades de memória. Saiba como identificá-los

Por Thatyana Costa em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
11/04/2025 09:01 / Atualizado em 25/04/2025 08:58

A doença pode se manifestar através de uma diversidade de sintomas motores e não motores
A doença pode se manifestar através de uma diversidade de sintomas motores e não motores - iSTock/FG Trade

A doença de Parkinson, uma condição neurológica crônica, afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo mais de 200 mil no Brasil. Embora os tremores sejam frequentemente associados ao Parkinson, eles não são os únicos sinais da doença. A condição pode se manifestar de maneiras diversas, com sintomas motores e não motores que muitas vezes são negligenciados ou mal interpretados.

Sintomas iniciais e sintomas motores do Parkinson

O Parkinson costuma apresentar uma série de sinais iniciais que não envolvem tremores. Entre os principais sintomas motores, estão a rigidez articular, movimentos lentos e postura inclinada para frente. Além disso, o equilíbrio e a coordenação podem ser prejudicados, causando dificuldades para caminhar e manter-se de pé.

Outro sintoma comum é a falha na memória, além de dificuldades na percepção de odores. Alterações no humor e sintomas depressivos também são frequentes, e dores generalizadas podem ser um indício da doença. Com o tempo, os tremores podem começar a aparecer, afetando principalmente as mãos, os dedos, mas também o queixo, cabeça e pés.

Fatores de risco e diagnóstico precoce

As causas do Parkinson ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos esteja envolvida. Pessoas com mais de 60 anos estão mais suscetíveis à doença, além de indivíduos que sofreram traumas cranianos repetidos ou que fazem uso de medicamentos como os para epilepsia.

Embora não exista um exame de sangue definitivo para diagnosticar o Parkinson, o diagnóstico precoce é essencial. Ele permite a implementação de tratamentos mais eficazes, melhorando a qualidade de vida dos pacientes por mais tempo. Além disso, a avaliação clínica, realizada por um especialista, é crucial para o diagnóstico correto e o planejamento terapêutico adequado.

Diferenciação entre Parkinson e outras condições

Várias condições médicas podem ser confundidas com o Parkinson, como o tremor essencial e a distonia. Existem também outras formas de parkinsonismo que possuem sintomas semelhantes, mas com causas e progressões diferentes, como a síndrome de Shy-Drager e a paralisia supranuclear progressiva. Por isso, um diagnóstico especializado é fundamental para evitar erros.

Prevenção e tratamento do Parkinson

Embora não exista uma maneira garantida de prevenir o Parkinson, a prática de exercícios físicos regulares, uma alimentação saudável e a redução da exposição a toxinas ambientais podem ajudar a diminuir os riscos. O tratamento da doença é focado no alívio dos sintomas, já que não há cura. Manter um acompanhamento multidisciplinar é essencial para o bem-estar dos pacientes.

 

 

Caminhada é benéfica para retardar Parkinson

Estudos recentes apontam que a prática regular de caminhada pode ajudar a retardar os sintomas da doença de Parkinson. A atividade física melhora a mobilidade, reduz a rigidez muscular e potencializa a coordenação motora, oferecendo benefícios significativos no controle da progressão da doença neurodegenerativa. Clique aqui para saber mais.