Condição feminina que pode aumentar o risco de câncer de ovário
Entenda a relação entre uma condição comum em mulheres e o aumento do risco de câncer, com base em novo estudo e dados científicos
A endometriose é uma das condições mais comuns entre as mulheres, afetando cerca de 190 milhões de pessoas em todo o mundo. A condição dolorosa ocorre quando o tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora.
Segundo um novo estudo, mulheres com endometriose têm um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário, sendo que esse risco pode variar conforme os subtipos de endometriose.
- Como não cair no golpe do falso Uber no aeroporto de Guarulhos
- Estudo revela como alimentos podem combater a perda de memória
- Holbox, o paraíso rústico mexicano que você precisa conhecer
- Como identificar os sinais de açúcar elevado no sangue e agir rápido
Qual é a relação entre endometriose e câncer de ovário?
O estudo analisou dados de quase 500 mil mulheres em Utah, com idades entre 18 e 55 anos, e descobriu que o risco de todos os tipos de câncer de ovário era 4,2 vezes maior entre mulheres com endometriose.
Os cientistas já sabiam dessa ligação, mas o estudo detalha como esse risco pode variar conforme os diferentes subtipos de endometriose.
Mulheres com tipos severos, como endometriose infiltrativa profunda, endometriomas ovarianos ou ambos, têm um risco de câncer de ovário “marcadamente aumentado”. O estudo, publicado no JAMA, indica que essas mulheres têm um risco geral de câncer 9,7 vezes maior do que as mulheres sem endometriose.
A endometriose infiltrativa profunda é caracterizada pelo crescimento do tecido profundamente dentro do órgão ou tecido, enquanto os endometriomas ovarianos são cistos que se formam nos ovários. Mulheres com essas condições enfrentam um risco quase 19 vezes maior de desenvolver câncer de ovário tipo I, que tende a crescer mais lentamente, em comparação com mulheres sem endometriose.
Quais são os sinais de alerta?
Apesar dos novos achados, especialistas recomendam que mulheres com endometriose não entrem em pânico, pois o câncer de ovário ainda é raro.
Karen Schliep, autora principal do estudo, afirma que, devido à raridade do câncer de ovário, a associação com a endometriose aumentou o número de casos em apenas 10 a 20 por 10 mil mulheres. Ela não recomenda, no momento, mudanças nos cuidados clínicos ou políticas de saúde.
Além disso, a endometriose é um diagnóstico complexo, e a associação com o câncer de ovário não é totalmente compreendida. Fatores genéticos, inflamatórios e hormonais podem desempenhar um papel nessa relação.
Afinal, como prevenir o câncer de ovário?
A prevenção do câncer de ovário continua sendo através de exercícios regulares, não fumar e limitar o consumo de álcool. Além da idade, ter um histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama ou câncer colorretal também são fatores de risco importantes.
O estudo destaca a importância de aconselhar mulheres com endometriose infiltrativa profunda e/ou ovariana sobre o risco aumentado da doença.
Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os mecanismos dessa associação e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento.